terça-feira, 13 de abril de 2021

 

Comida consciente

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por Claudia Queiroz

Esta semana, minha filha Gabriella, de 4 anos, soltou uma de suas pérolas preciosas. Disse no alto de sua sabedoria, que o coronavírus está mais forte porque as pessoas estão mais fracas. “Faltam frutas e verduras no prato”. E como ela sabe disso? Porque até no lanche da escola ela leva cenoura, milho cozido, beterraba, castanhas e frutas da estação.

Conversando sobre isso com uma amiga, fui questionada: Mas ela não se sente sendo a esquisita da sala? Respondi rindo que esquisitos são os outros! Até as professoras elogiam nossa postura e criatividade com os lanches… Enquanto isso, a maioria manda pão de queijo, sanduiche, pizza e pacotinhos ultra processados.

Hábitos relacionados à saúde aprende-se em casa. Independente de pandemia ou doença, nutrição celular é algo sério. Esta é a principal fonte que garante potencial de energia em cada fase do desenvolvimento humano.

A filhinha já sabe disso. Aqui em casa não tem bolacha, salgadinhos e industrializados. Restringimos sal, açúcar, glúten e laticínios. Mas leite também? O da vaca é feito para o bezerro… A pequena mamou no peito até 2 anos e meio, cresce forte e saudável com todas as vitaminas, proteínas e minerais existentes numa mesa colorida.

Estamos num processo constante de formação de mentalidade. Atitudes e rotinas são detalhes potentes de quem passa pelo Covid-19, 20, 21…, e todas as outras doenças que aparecerem no planeta.

Somos nós que temos que melhorar a imunidade e não o vírus que precisa ficar mais forte para devastar a humanidade e fazer a tal seleção natural da espécie que estudamos ao longo das gerações.

De tempos em tempos o mundo todo sofre com pestes, guerras ou calamidades que nos roubam pessoas queridas. Agora é a vez do coronavírus. E um ano depois de lutarmos contra ele, continuamos fantasiando heróis de capa vermelha para nos salvar?

No Texas, Estados Unidos, a liberdade de ação é fruto da consciência individual. Quem está com qualquer sintoma e se sente mais protegido de máscara, usa. Até mesmo estádios de futebol já estão atuando com normalidade.

Em Londres e na França, a vacinação foi cancelada devido aos efeitos colaberais da vacina. Pra mim, faz sentido. Estamos todos sendo testados. Não há qualquer evidência científica de que trará imunização em massa, ainda mais se é um vírus mutante. Só mesmo o tempo vai responder. Seria mais simples pensar assim, quem quer vacinar, ok, quem não quer, espera para ver a reação de quem vacinou e fim. Uma questão de tempo.

Enquanto os duelos de defesa e crítica dividem a população em times contra ou a favor do lockdown, vacina, #fiqueemcasa, tratamento precoce, bandeiras vermelhas, pretas ou amarelas, uma coisa é mais que certa: coma direito!

Pratos coloridos, conversas agradáveis à mesa, alimentos frescos e momentos descontraídos longe dos aparelhos eletrônicos (celulares, tablets e televisão) são fontes garantidas que contribuem para melhorar a imunidade.

A atenção plena no momento das refeições, assim como o “mindfulness” traz consciência para o corpo e a mente, demonstram que o amor próprio começa pela boca, assim como percepção, foco, autoconhecimento e responsabilidade. Talvez por isso as máscaras são o símbolo da pandemia. Tapam a boca para filtrar o que se fala e o que se engole.

Claudia Queiroz é jornalista.

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