Os 120 anos de falecimento de Antonio da Silva Jardim
O município de Silva Jardim, na Baixada Litorânea do Rio de Janeiro, comemora este ano os 120 anos de falecimento de seu filho mais ilustre: o jornalista, abolicionista e republicano Antônio da Silva Jardim. Nascido na vila de Nossa Senhora da Lapa de Capivari, era filho de um modesto professor que lecionava em seu próprio sítio. Enviado a Niterói para estudar, passou pelos colégios Silva Pontes e São Bento, quando fundou um jornal estudantil – O laboro literário – onde demonstrou sua vocação política e sua luta pela liberdade.
Com dificuldades financeiras, mudou-se para o externato Jasper, onde chegou a trabalhar para pagar seus estudos, e mais tarde partiu para São Paulo, para estudar na Faculdade de Direito. Lá encontrou o clima político onde a campanha abolicionista e as ideias republicanas fervilhavam e já faziam parte do dia a dia da faculdade e do parlamento estadual. Envolvido na campanha pela república, bandonou a carreira de advogado para se dedicar à luta política, viajando pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
TRÁGICO DESTINO
Apesar da saúde frágil, devido ao impaludismo contraído na infância, candidatou-se ao Congresso no Distrito Federal, mas foi derrotado. Era uma figura polêmica! Aos 31 anos, retirou-se da política e foi viajar para o exterior, para descansar e conhecer novos lugares. Na Itália, visitou Pompeia e o vulcão Vesúvio. Mesmo tendo sido avisado de que o vulcão poderia entrar em erupção a qualquer momento, foi visitá-lo inclusive entrando em sua cratera adormecida, mas que despertou traiçoeiramente.
Silva Jardim foi trgado por ums fenda que se abriu aos seus pés. O acidente foi testemunhado por um amigo, Joaquim Carneiro de Mendonça, que chegou a ficar ferido mas foi auxiliado pelo guia local que os conduziram até o local. Em homenagem ao jornalista morto, o municipio fluminense de Capivari, vizinho de Araruama e Rio Bonito, passou a se chamar, a partir de 1943, Silva Jardim.
MUNICÍPIO VERDE
Silva Jardim é conhecido hoje como o município que mais tem RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Natural) no Estado do Rio de Janeiro, num território ainda relativamente bem conservado. Criado em 1801, o vilarejo se desenvolveu em torno da capela de Nossa Senhora da Lapa de Capicari. Posteriormente foi elevado à categoria de Freguesia e posteriormente conquistou a categoria de Vila, por decreto de 1841, desvinculando-se de Cabo Frio.
Assim como ocorreu em Saquarema, também beneficada pelo mesmo decreto de 1841, para obter a categoria de Vila teria que construir uma Câmara e uma cadeia. As obras, financiadas por membros das famílias tradicionais do local foram concluídas em 1843, atendendo às exigências.
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