A cidade de Caruaru começou a tomar forma em 1681, quando o governador Aires de Souza de Castro, concedeu à família Rodrigues de Sá uma sesmaria (concessão de terras com o intuito de desenvolver a agricultura e a criação de gado) com 30 léguas de extensão (aproximadamente 12 hectares), denominada Fazenda Caruru.
Mas, apenas em 1776, José Rodrigues de Jesus decidiu voltar para a fazenda do pai, que havia passado alguns anos abandonada. Pouco tempo após a morte do patriarca, a fazenda ganhava uma capela, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que foi acolhendo um pequeno povoado ao seu redor.Caruaru tornou-se cidade, uma das primeiras do Agreste pernambucano, pelo projeto nº 20, do deputado provincial Francisco de Paula Baptista, defendido em primeira discussão em 03 de abril de 1857,depois de aprovação sem debate, em 18 de maio do mesmo ano, com a assinatura da Lei Provincial nº 416, pelo vice-presidente da província de Pernambuco, Joaquim Pires Machado Portela.
Localizada no Vale do Ipojuca, ao longo dos anos Caruaru recebeu várias denominações, sendo conhecida também como a ‘Princesa do Agreste’, ‘Capital do Agreste’ e a ‘Capital do Forró’.
O município é mais populoso do interior de Pernambuco, com uma população residente de 289.086 habitantes, conforme dados do IBGE, relativos ao ano de 2009, que vivem numa área territorial de 921 Km², tendo como padroeira Nossa Senhora das Dores.Atualmente Caruaru destaca-se como o mais importante pólo econômico, médico-hospitalar, acadêmico, cultural e turístico do Agreste, sendo também famosa por sua tradicional feira livre, enaltecida nos versos do compositor Onildo Almeida e na voz do eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga.
A cidade abriga um dos mais importantes entrepostos comerciais do Nordeste e tem no Alto do Moura o Maior Centro de Artes Figurativas da América Latina, título este concedido pela Unesco, como reconhecimento de uma história iniciada na década de 40 do século passado, através do seu mais ilustre filho, Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, ceramista que fez história através da criação de bonecos de barro, arte perpetuada entre seus familiares e vários discípulos, representados nas gerações de artesãos, ainda hoje residentes na famosa vila.
BANDEIRA
Criação do professor Amaro Matias, instituído como símbolo oficial em 13 de maio de 1972, o pavilhão de Caruaru tem fundo tricolor, nas cores verde, branco e vermelho, sendo o verde-esmeralda um agradecimento à fertilidade da terra, o branco, uma celebração da paz, e o vermelho, um símbolo da coragem do seu povo.
O triângulo em azul representa a lealdade do povo, com o sol significando majestade, abundância e riqueza da terra. A faixa em amarelo fala da nobreza com uma cruz em vermelho, símbolo da fé cristã. Abaixo, o triângulo em vermelho, cor da coragem e destemor, traz um ramo de avelozes, em homenagem ao fundador José Rodrigues de Jesus. Em cima, uma coroa de fortalezas lembra as lutas pelo progresso e soberania da cidade que lhe renderam a fama de “Princesa do Agreste”.
As datas que se vêem na faixa amarela, abaixo do escudo, referem-se à data da criação do município (1848) e a da elevação à categoria de cidade (1857). Ladeando essa faixa, um ramo de louro (considerada a planta símbolo dos campeões desde a Grécia Antiga), lembra as vitoriosas batalhas travadas pelo desenvolvimento econômico de nossa cidade.
Hino da Cidade
"De Fazenda a Capital Nasceste pernambucana Com teu clima tropical E esta voz tão soberana. Erguendo teu brado forte Neste Sólio de beleza És berço amado de Sul a Norte Desta Cidade Princesa.
ESTRIBILHO És ó Brasil, País amado És Caruaru, Rincão bendito És tu Cidade, Templo Sagrado (BIS) Contemplando este Infinito. .
Comércio, Indústria e Feira Falam junto ao Coração Ao desfraldar tua Bandeira Numa feliz inspiração. Meu torrão - Hino de Glória Com as Bençãos de Jesus Hás de cantar sempre Vitória Venerando a tua Cruz !" .
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