Médicos param amanhã.

Greve de médicos 

deixa 3 milhões

sem atendimento

Paralisação de 24 horas atinge 

consultas e procedimentos 

agendados, afetando cerca de 3 milhões 

de usuários das operadoras no estado. 

Movimento é nacional

Médicos de todo o país prometem suspender durante nesta quarta-feira o atendimento a pacientes dos planos de saúde que não aceitaram negociar o reajuste de seus honorários. No estado de São Paulo, 11 operadoras estão na mira das associações que representam os profissionais e não terão seus usuários atendidos. São elas: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Prosaúde, Blue Life, Dix Amico, Medial, Geap e o plano de saúde da Volkswagen. As 11 empresas têm cerca de três milhões de clientes no estado.

Segundo o Sindicato dos Médicos de SP, a paralisação desta quarta atinge as consultas e procedimentos eletivos já agendados. O paciente deve remarcar a consulta. Os casos de emergência serão atendidos. Além de São Paulo, o movimento acontece em outros 22 estados e no Distrito Federal, sendo que, em alguns deles, todos os planos terão atendimento suspenso.

A estimativa é de que 25 milhões de clientes das operadoras sejam atingidos em todo o país. Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima são os únicos estados em que os médicos não vão parar. Nesses locais, houve acordo da categoria com as operadoras.

"A paralisação de 24 horas é um alerta aos planos de saúde que não aceitaram negociar ou que apresentaram propostas de reajustes muito aquém do que reivindicamos. O médico não tem como trabalhar nessas condições", disse Cid Carvalhaes, presidente do sindicato e da Federação Nacional dos Médicos.