segunda-feira, 13 de abril de 2020

Wilson Lima destaca apoio do Ministério da Saúde e parceria com setor privado para enfrentamento do novo Coronavírus


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Foto: Maurílio Rodrigues/Secom
Foto: Maurílio Rodrigues/Secom
Em pronunciamento em redes sociais neste domingo (12/04), o governador Wilson Lima destacou o apoio que o Amazonas tem recebido do Ministério da Saúde para ampliar a estrutura de atendimento de pacientes que necessitam de internação pelo novo Coronavírus (Covid-19), auxiliando o esforço do Governo do Estado, que mantém a autonomia na gestão do sistema estadual de saúde.

Durante a live, que contou com a participação da secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, o governador também ressaltou a contribuição da iniciativa privada para o enfrentamento da doença e reforçou o apelo para que a população mantenha o distanciamento social.

“Temos mantido um contato muito estreito com o Ministério da Saúde. Tenho conversado com o ministro Mandetta (Saúde), com a sua assessoria, diretores e secretários. Tenho conversado também com a assessoria do ministro Ramos (secretaria de Governo da Presidência) e o Governo Federal, que tem o suporte financeiro e a estrutura maior que o Estado, tem sido importante nesse processo”, ressaltou Wilson Lima.
 
O governador afirmou que o Ministério da Saúde já vinha sinalizando com apoio ao enviar respiradores e anunciou, ontem, um suporte maior ao Governo do Amazonas. “O Governo Federal está nos repassando R$ 15 milhões para que possamos aumentar a capacidade do Hospital Delphina Aziz. Com isso, a gente pode chegar até 350 leitos em funcionamento, ou seja, colocar aquele hospital para funcionar integralmente”, anunciou.

O Ministério da Saúde também informou que vai implantar um hospital de campanha com 200 leitos em Manaus que, de acordo com informações iniciais da pasta, será para atender casos de indígenas com Covid-19.

Leitos e recursos humanos – Além do aporte de recursos, o Ministério da Saúde enviou mais 20 respiradores neste final de semana, que já permitiram abrir mais 15 leitos. Outros 20 leitos de UTI também serão abertos nesta semana que inicia, segundo o governador. A previsão é que 10 médicos intensivistas também cheguem a Manaus nessa segunda-feira (13/04), como parte do apoio prometido pelo Governo Federal. 

“Esses profissionais vão ser importantes para nos ajudar nesse trabalho de atendimento a esses pacientes. Além disso, o Governo do Estado está adquirindo mais 150 respiradores que serão importantes para ampliar essa nossa capacidade de atendimento. Hoje a doutora Simone (secretária estadual de Saúde) esteve lá no Pronto-Socorro 28 de Agosto pra também tratar da ampliação daquela unidade hospitalar e a gente já começa a ampliar lá”, antecipou Wilson Lima. 

A secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, disse que visitou o 28 de Agosto na manhã de hoje e adiantou que a unidade já está com 15 leitos novos montados, para reforçar o atendimento. No 28 de Agosto, há uma Sala Rosa destinada aos pacientes com síndromes respiratórias, que são transferidos para o Delphina Aziz em caso de confirmação de Covid-19. 

Tamiflu – O governador Wilson Lima informou, ainda, que hoje o Estado manteve contato com o Ministério da Saúde para solicitar reforço nos estoques de Tamiflu, que é o medicamento utilizado para amenizar os efeitos de síndromes respiratórias e que em todo o Brasil há dificuldade para reabastecimento. 

“Nós estamos, a Susam e a FVS, sinalizando a necessidade da vinda de mais medicamentos, pois os estoques estão baixíssimos. Nós tivemos um retorno muito positivo hoje do secretário de Ciência e Tecnologia (Federal), que sinalizou que está enviando para o Amazonas as dosagens necessárias e o quantitativo para que a gente tenha na rede o Tamiflu disponível para os tratamentos”, completou a secretária da Susam.

Iniciativa privada – O governador Wilson Lima também destacou a contribuição da iniciativa privada. “Equipes do hospital Sírio Libanês, de São Paulo, que tem parceria com o Governo Federal, vão nos ajudar no monitoramento de casos e também na definição de fluxos e estratégias que são adotadas no Sírio Libanês no combate a pandemias como a do coronavírus”, frisou.

Como orientação do Sírio Libanês, o governador disse ainda que o Estado começar a implantar estruturas na área externa de unidades de saúde e prontos-socorros, que são portas de entrada, para uma triagem mais específica de casos suspeitos. Simone Papaiz esclareceu que as estruturas seguirão padrões técnicos e protocolos para o atendimento.

“Será uma pré-triagem, que vai fazer com que a gente não tenha aglomerações de pessoas e faça um filtro tanto de paciente de quadro respiratório grave, quanto de pacientes com outras comorbidades. Essas tendas serão implantadas em todas as unidades, todos os hospitais e prontos atendimentos para que a gente tenha um serviço padronizado”, afirmou. 

Wilson Lima voltou a dizer que o momento é de união e que tem conversado com muitas empresas. “Aqui quero fazer o registro da conversa que eu tenho tido com a Videolar, que é uma empresa que está nos ajudando, com a Transire, com o pessoal da Samel, que tem estabelecido alguns protocolos que são importantes no tratamento de pacientes com Covid”, detalhou o governador ao também destacar que tem conversado com a direção da Hapvida, que se colocou à disposição para compartilhar experiências.

Isolamento social – O governador renovou o apelo para que a população respeite as medidas de distanciamento social, que é a melhor maneira de interromper a cadeia de transmissão do Covid-19. 

“Pode até ser que você não concorde com as medidas restritivas que são orientados pela Organização Mundial da Saúde. Pode ser que você não concorde orientações do Ministério da Saúde, mas não tem outro caminho, não existe outra metodologia adotada em qualquer parte do mundo seja eficiente no que diz respeito à interrupção da transmissão desse vírus a não ser o isolamento social”, afirmou.

De acordo com Wilson Lima, especialistas apontam que 80% da população vai contrair o coronavirus e é necessário retardar o contágio. “O que nós estamos trabalhando é para retardar essa disseminação para impedir que as pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo porque sistema de saúde de nenhum lugar do mundo tem  capacidade para atender todo mundo ao mesmo tempo”, reforçou.

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