sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Alunos da EPA resgatam cultura popular com espetáculo “Nossos Brasis”

Apresentação no Teatro de Bolso, nesta quinta-feira (14), marcou o encerramento das atividades deste ano da Escola de Práticas Artísticas (EPA), da secretaria de Educação.
Por: Nickolas Abreu (estagiário) - Foto: Tarcísio Nascimento -  14/11/2019 - 18:19:00
Danças, coreografias e revisitações históricas marcaram, nesta quinta-feira (14), o encerramento das atividades deste ano da Escola de Práticas Artísticas (EPA), da gerência de Animação Cultural e Bandas, da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece). Com a apresentação do espetáculo “Nossos Brasis”, no Teatro de Bolso, alunos da rede municipal e da comunidade em geral tiveram a oportunidade de mostrar o talento artístico aperfeiçoado durante as aulas e provocar questionamentos sobre a preservação da cultura popular.

Através de personagens que representassem índios, capoeiristas e portugueses, crianças e jovens expressavam na oralidade e nos movimentos, a pluralidade originária da ancestralidade brasileira. 

“A partir da divisão ideológica que se manifestou no país, decidimos mostrar que a intolerância e o desrespeito não são apenas o que o Brasil tem a mostrar. O Brasil é arte, cultura e heranças históricas. Foi assim que decidimos levar reflexão do que realmente somos”, explicou Neide Brasil, autora da obra e professora do EPA.

A capacidade de atuar em um palco teatral é um dos motivos dos sorrisos e da alegria de jovens como Samira Ramos, de 17 anos, estudante do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Liceu de Humanidades. Apesar do sonho de ser bióloga, a menina tem na experiência cênica a possibilidade de mais um caminho a ser seguido. “Às vezes eu penso em seguir (teatro), ou não. Quero muito cursar Biologia. Estou aqui há nove meses e tenho me sentido cada vez mais tranquila”, contou, sorridente.

Chance que também tem sido aproveitada pelo menino Luan Siqueira, do 7º ano, da Escola Municipal Amaro Prata Tavares. Capoeirista e português durante as cenas, Luan relatou como cada apresentação costuma ser única pra ele. “Não é a primeira vez que me apresento, mas sempre é diferente. Cada dia é uma chance de aprimorar mais e de acertar”, disse.

Gerente de Animação Cultural e Bandas, Alexandre FM aprovou o desempenho dos futuros atores. “Quando a gente vê um bom trabalho desempenhado, eu costumo pedir ainda mais. O que é bonito precisa ser mostrado. Vamos continuar valorizando ainda mais para o que o EPA possa conseguir estar em outros espaços”, ressaltou.
EPA

A Escola de Práticas Artísticas (EPA) funciona de forma gratuita, aberta à comunidade em geral, com enfoque nos estudantes da rede pública municipal, com idades entre 7 e 17 anos. A formação oferece aulas de prática e teoria de cada vertente artística: dança, teatro, música, imagem e expressão. O projeto acontece com a realização da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece), através da gerência de Animação Cultural e Bandas, em parceria com a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). 

O curso tem duração de três anos e funciona como um pré-técnico em artes, onde os alunos passam a ser capacitados profissionalmente, os preparando para apresentações culturais e atuações em programas artísticos municipais. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário