sexta-feira, 28 de maio de 2021

 

Câmara decreta luto oficial de três dias pela morte de Jaime Lerner

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Uma das tantas criações de Lerner foi o ônibus em canaleta exclusiva, hoje copiada em todo o mundo

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) lamenta o falecimento do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, ex-governador do Paraná e ex-prefeito da capital. Em sua homenagem, a Mesa Diretora da Casa decretou luto oficial de três dias, período em que as bandeiras do Município, do Estado e do Brasil ficarão a meio mastro. Falecido na manhã desta quinta-feira (27), aos 83 anos de idade, Lerner foi uma referência política e no planejamento urbano, que deixa à cidade legados urbanísticos, socioeconômicos, à mobilidade e ao meio ambiente.

Ele estava internado, desde o último domingo (23), em função de problemas renais. “Nossos sinceros sentimentos à família, amigos e a toda a gente de Curitiba. O nome de Jaime Lerner está marcado na história de Curitiba, não só por ter sido prefeito e governador, mas por ter proporcionado uma revolução urbanística na cidade”, destaca o presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros).
“Os frutos de suas gestões vemos até hoje: a inovação no transporte público com canaletas exclusivas, copiadas por pelos menos outras 250 cidades em todo o mundo; parques e monumentos em metal e vidro que viraram cartões-postais, como o Jardim Botânico, a Ópera de Arame e a Rua 24 Horas; e várias outras intervenções que mostraram Curitiba para o mundo”, acrescenta Kuzma. “Lamentamos profundamente a perda desse grande homem, que trouxe a paixão e os critérios técnicos de sua profissão para a política da nossa cidade. Se Curitiba é hoje uma das melhores cidades para se viver, muito disso passa pela gestão de Jaime Lerner.”

Em 1972, segundo ano como prefeito, inaugurou o calçadão da rua XV de Novembro, trecho conhecido como Rua das Flores. Primeira via exclusiva para pedestres do Brasil, é um tradicional ponto de encontro da cidade. O pioneiro BRT, canaleta exclusiva para a circulação dos biarticulados, nasceu em Curitiba, em 1974, pelas mãos de Jaime Lerner. O sistema de transporte com as estações-tubo foi copiado ao redor do mundo e é considerado um modal rápido e barato.

No terceiro mandato à frente da Prefeitura de Curitiba, no qual teve como vice Algaci Túlio, falecido em janeiro deste ano, Lerner implantou o sistema de ônibus da linha direta (conhecido até hoje como “ligeirinho”).

 

Secretário de Finanças diz que maior parte de verba para Covid é federal

Os recursos recebidos pelo município para combate à Covid em 2021 deixam muito a desejar, diz o secretário de Finanças

Em audiência pública na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi, prestou contas de quanto a capital recebeu e quanto aplicou, desde março de 2020, no combate à Covid-19. “Algo que sempre é dito, que virou inclusive tema de CPI no Congresso Nacional, é quanto os Estados e Municípios receberam para combate à pandemia”, disse o representante do Executivo.

“Acho que essa questão de recurso do governo federal tem sempre que ficar muito limpa e muito transparente. De repente se construiu uma narrativa que Estados e Municípios receberam recursos e não aplicaram no combate à pandemia”, reforçou Puppi, em resposta a Mauro Ignácio (DEM), já no debate com os vereadores. “Só o dinheiro da União não abasteceu, não compensou, todas essas despesas.”

“Fomos, com todas as capitais do país, intimados a prestar informações ao Congresso Nacional. O faremos sem medo, sem receio, porque recebemos recursos e os aplicamos justamente nas despesas decorrentes da Covid”, acrescentou. “Em 2020 Curitiba recebeu, entre todo os recursos, recursos do SUS e recursos oriundos da lei complementar 173, que foi aprovada no Congresso, um somatório de R$ 571 milhões. Até maio de 2021, R$ 63 milhões. Deste montante, apenas R$ 400 mil foram enviados pelo Estado do Paraná. O restante, pela União, em especial em 2020. Os recursos de 2021 são bastante tímidos comparados a 2020.”

 

Curitiba já repassou R$ 288,5 mi ao transporte coletivo

As empresas de transporte coletivo de Curitiba já receberam mais de R$ 288 milhões por conta da queda de passageiros por conta da Covid-19

“A cidade precisou se reorganizar para aportar R$ 191,5 milhões ao Fundo de Urbanização de Curitiba [FUC] em 2020. Em 2021, até abril, já foram aportados R$ 97 milhões”. Os dados foram repassados pelo secretário municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi, durante a prestação de contas do Executivo referente ao primeiro quadrimestre do ano à Câmara Municipal de Curitiba (CMC).

O montante repassado dos cofres municipais ao fundo soma R$ 288,5 milhões e foi autorizado pelo próprio Legislativo, a partir da aprovação do Regime Emergencial de Operação e Custeio do Transporte Coletivo, em abril do ano passado e com validade até agosto passado; depois, com a sua prorrogação até dezembro; e agora, com novo adiamento do fim do prazo, para junho de 2021 – aprovado pela CMC em dezembro. Conforme Puppi, essa “despesa significativa” tem sido “necessária em razão da queda do número de passageiros no sistema [na pandemia da covid-19], que influenciou na queda de receita do transporte coletivo”. “Por isso o aporte do município para manter o sistema funcionando”, resumiu.

 

 

Cenário financeiro é melhor em 2021 do que em 2020

 

“É muito melhor o cenário atual do que o do ano passado”, disse o secretário de Finanças da Prefeitura de Curitiba, Vitor Puppi, na Câmara Municipal de Curitiba (CMC), referindo-se à arrecadação do ISS, que é o principal imposto próprio da capital do Paraná. “Trabalhamos bastante para recuperar o ISS em Curitiba, e vínhamos numa boa crescente, mas, obviamente, com a pandemia, tivemos uma queda no ano passado”, constatou Puppi.
O gráfico apresentado aos vereadores de Curitiba, na audiência pública de prestação de contas quadrimestral das Finanças, mostrou uma queda de R$ 100 milhões nesse imposto de 2019 para 2020, quando ficou em R$ 1,29 bilhão. “Mas o ISS tem se recuperado, graça a Deus, neste quadrimestre”, ponderou o secretário. Segundo o Executivo, o ISS mostrou resultado positivo de 20,79% ante o ano anterior, ajudado pela arrecadação do programa de refinanciamento de dívidas.

 

 

Licença especial para casas noturnas e bares vai ser analisada

Bares e casas noturnas que insistem em funcionar sem autorização são fiscalizados e fechados pela Aifu

A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) já pode votar em plenário a licença especial que permite a bares e casas noturnas reabrirem na condição de restaurantes e lanchonetes enquanto durar a situação de emergência provocada pela pandemia. A proposta, que já havia recebido sinal verde da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), avança ao plenário após obter o aval do colegiado de Saúde, Bem-Estar Social e Esporte.

“[Uma] possibilidade de ‘redesenhar’ a exploração de atividades econômicas profundamente afetadas pelo ‘novo normal’ da pandemia”. Foi o que destacou no parecer a relatora Noemia Rocha (MDB). Para a parlamentar e presidente da comissão, a “simples adaptação” na configuração dos negócios é oportuna em dois pontos: apoia trabalhadores com a garantia de empregos e confere suporte a empresários, com a sobrevivência de empreendimentos do setor.

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