segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Paulinho Moska fecha com chave de ouro a 10ª Bienal do Livro de Campos

Cantor trouxe a Campos sucessos antigos e do mais novo álbum Beleza e Medo
Por: Monique Vasconcelos (voluntária) - Foto: Jean Barreto -  25/11/2018 - 20:12:13
Neste domingo (25), sexto e último dia da 10ª Bienal do Livro de Campos, o cantor e compositor Paulinho Moska participou de um bate-papo com o público e depois fez o show de encerramento. Moska cantou seus principais sucessos e músicas do álbum mais recente, Beleza e Medo. Em entrevista, o artista falou da alegria em participar do evento: “Uma Bienal é uma celebração do pensamento. É a celebração da literalidade: a palavra se transformando em imagem dentro do nosso cérebro, ou seja, ela é o trampolim da imaginação, da criatividade, do pensamento”, disse.

Moska contou que lê geralmente dois livros grandes por mês e que se afeiçoa tanto por eles a ponto de não querer terminar a leitura: “Eu não sou um leitor compulsivo, vou lendo bem devagar, sou daqueles que anotam coisas, roubam frases. Tem um momento no livro que você está no meio dele e ele passa a te acompanhar mesmo quando você não está lendo. Eu gosto dessa sensação. Odeio terminar o livro. Muitos eu paro na metade para poder não terminar”, disse o cantor. 

Com as anotações que faz de livros, filmes e de outras fontes de arte, Paulinho Moska compõe. “Eu sou um ladrão. Nada é meu, como nada é de ninguém. As ideias são livres. Eu utilizo do talento do outro para despertar o meu talento”, revela. 

Quando vai gravar um disco novo, Moska resgata algo que produziu há anos para se inspirar: “Eu roubo a mim mesmo. Somos derivações de outras pessoas e nós vamos derivar para o futuro nosso pensamento, nossa cultura, nossa essência”, filosofa.

Na contramão do pensamento popular tão crítico aos defeitos, Paulinho Moska fez uma ode a eles. Para o cantor, os defeitos são o que o artista tem de mais importante, porque geralmente essa é a diferença de cada um, é sua singularidade: “Ninguém nesse mundo é igual, não esconda os seus defeitos, potencialize-os. Aí você vai chegar à sua assinatura. Acredite nos seus defeitos mais que nas suas qualidades”, recomendou ao entusiasmado público presente. 

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