quinta-feira, 3 de maio de 2018

Obras do Aeroporto de Macaé começam em junho

2018-05-03 09:37:00 - Jornalista: Catarina Brust
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Foto: Maurício Porão
Obras vão contemplar reforço da pista para pouso e decolagem de voos comerciais
Peça fundamental na engrenagem da produção offshore de petróleo e gás, o Aeroporto de Macaé vai receber obras de reforço da pista. Com data marcada para 1° de junho, as intervenções vão ampliar a referência de resistência da pista para ATR 72, permitindo o pouso e decolagem de voos comerciais. Vão ser 390 dias de obra, com previsão de conclusão para julho/agosto de 2019 e investimento da ordem de R$ 24 milhões. A questão foi uma das reivindicações levadas ao Ministério dos Transportes pelo prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, que vê como vital a ampliação do aeroporto para a logística comercial como também para o fomento do turismo de lazer do município e região.
A liberação para o início das obras foi anunciada na última semana pelo Ministério dos Transportes. Agora, começa o planejamento com os operadores aéreos de helicópteros que atuam no Aeroporto de Macaé por conta do impacto da obra no dia a dia dos pousos e decolagem. Atualmente, são cinco companhias de aeronaves de asas rotativas que operam na unidade. Ao todo, são 450 passageiros que circulam no aeroporto diariamente e 2.200 pousos e decolagem mensais de helicópteros. O aeroporto também atende aeronaves de pequeno porte.

- Comemoramos a notícia do início dessa obra que é vital para o município. O aeroporto com seu pleno funcionamento é fundamental para a infraestrutura de negócios e também de lazer. Uma cidade com a vocação e dinâmica de Macaé, com as principais empresas do setor de petróleo e gás instaladas aqui, precisa ter uma logística eficiente. Por isso, essa foi uma das pautas que levamos ao Ministério dos Transportes, reforçando a necessidade de melhorar a capacidade da pista do aeroporto para receber voos comerciais regulares - destacou Dr. Aluizio.

A obra contempla a troca de balisamento de pista e interseções (cabeamentos de energia elétrica e todos os corpos de luminárias); pavimentação de acostamentos de 7,5 metros para cada lado da pista e interseções também; intervenção na própria pista que hoje é de 7 e vai passar para 19 PCN (referência de resistência de ATR 42 para ATR 72).

À frente da superintendência do Aeroporto de Macaé desde setembro de 2016, João Pedro Aparecido Romano, acredita que através do planejamento, o prazo de obra de 390 dias possa ser reduzido.

- O aeroporto continuará com as operações de pouso e decolagem, apenas com restrições. Em 2014, tivemos uma queda na movimentação de aeronaves e embarque e desembarque de passageiros. Por isso, hoje teremos menos impacto. Eram 90 aeronaves baseadas aqui até 2014. Agora, são 30. Vemos um aumento ainda acanhado. Até 2020, acreditamos que ocorra um ganho bem significativo de movimentação visto que houve grande interesse na 15° Rodada de Licitação e todos os lotes da Bacia de Campos foram arrematados. A tendência é que as empresas que arremataram os lotes venham a fazer novas contratações de pessoal para as plataformas - ressaltou Romano, que trabalhou no Aeroporto do Galeão, por 22 anos, e no de Campos dos Goytacazes por três anos e meio.

Ele acrescentou que vê a obra do aeroporto como fruto da mobilização de pessoas (comissão de políticos) e entidades (como Abespetro, Firjan, entre outras) em conjunto com a Infraero para que a intervenção na pista fosse colocada em pauta no Ministério dos Transportes.

Obra do terminal de passageiros - A obra do novo terminal de passageiros do Aeroporto de Macaé já foi executada e finalizada, mas ainda não foi entregue para operacionalização. Atualmente, o terminal funciona em 900 metros quadrados, capacidade para 76 vagas de estacionamento e comporta até 200 mil passageiros por ano. Já o novo terminal, construído ao lado, possui 14 mil metros quadrados, 460 vagas para veículos e terá capacidade para 2.200 milhões de passageiros por ano.

O novo espaço possui em torno de 40 espaços comerciais, entre lojas, restaurantes, lanchonetes, agências bancárias, locadoras de automóveis, táxi, entre outros.

O aeroporto possui uma área operacional de 480 mil metros quadrados, além dos 2.400 milhões de metros quadrados de área para expansão. Consta do Plano Diretor do Aeroporto de Macaé, aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em julho de 2016, a previsão de expansão da unidade, incluindo uma nova pista.

Desestatização - O Aeroporto de Macaé foi incluído no Programa Nacional de Desestatização – PND por meio da Resolução nº 14, de 23 de agosto de 2017, do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI). Ao todo, 13 aeroportos foram incluídos no PND por meio do Decreto nº 9.180, de 24 de outubro de 2017, e serão objetos de projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos por parte das empresas autorizadas por meio do Edital de CPE nº3/2017 disponível abaixo. Entre eles, estão Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Juazeiro do Norte (CE), Vitória (ES) e outros.

No ano passado, foi publicado no Diário Oficial da União edital de chamamento público para apresentação de projetos, levantamentos, investigações e estudos técnicos que subsidiem a modelagem das concessões para expansão, exploração e manutenção dos aeroportos. Macaé recebeu três empresas. O estudo é enviado ao Ministério dos Transportes para análise e elaboração do edital do leilão para a concessão. A resolução n° 14/2017 - MT prevê que os aeroportos sejam desestatizados em 2018.

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