quarta-feira, 1 de setembro de 2021

 Serrana

Covid-19: idosos de Serrana começam a receber terceira dose no dia 6

Para especialistas, queda de proteção nesse grupo justifica dose extra

Publicado em 01/09/2021 - 14:49 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Os moradores de Serrana, no interior paulista, com idade acima de 60 anos, começam a receber a terceira dose de vacina contra a covid-19 na próxima segunda-feira (6). Segundo o Instituto Butantan, serão vacinados cerca de 5 mil idosos residentes no município.

A aplicação da terceira dose em Serrana é parte do estudo que está sendo desenvolvido na cidade desde o começo do ano para avaliar a eficiência do imunizante CoronaVac, que é produzido pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.

Chamado de Projeto S, o estudo clínico de efetividade da CoronaVac em Serrana teve início em fevereiro, com a vacinação em massa de toda a população adulta da cidade até abril. Após a vacinação em massa, o município passou a apresentar queda de 95% no número de mortes por covid-19 e de 86% nas internações e 80% em casos sintomáticos da doença.

“O Projeto S foi inovador em termos de análise de efetividade vacinal em grande escala. Um estudo clínico escalonado que deu resultados extremamente importantes”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

A redução dos indicadores da pandemia foi constatada com a comparação dos dados registrados antes e depois que cerca de 27 mil moradores com mais de 18 anos receberam duas doses da vacina do Butantan, com intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.

A terceira dose de vacina para idosos tem sido recomendada por especialistas porque foi observada uma queda na proteção desse público. De acordo com os especialistas, a dose extra também é necessária por causa da variante Delta, que surgiu na Índia e vem provocando aumento de casos de covid-19 em todo o mundo.

“Serrana é um verdadeiro laboratório epidemiológico, e isso vai permitir o acompanhamento de uma possível ameaça representada pela variante Delta”, disse Covas.

Edição: Nádia Franco

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