Ontem (dia 23/10) desencarnou Delva, uma
senhora simples, sem luxos, com um olhar bondoso e sereno que a todos
acalmava. Moradora de Macaé-RJ, sempre forte, que não fazia alarde nem
mesmo nos momentos de dor, sempre discreta.
Seus cabelos
claros, marcas da idade avançada, representava uma mulher que não era
presa a matéria, muito pelo contrário, sua vida foi dedicada aos
espíritos. E os espíritos com certeza dedicaram seu amor e carinho para
com ela.
Conhecedora do Espiritismo e da Umbanda, ela sempre
teve muito carinho ao falar com os espíritos, desde os mentores e guias
espirituais aos irmãos que se manifestam em desobsessão.
Caridosa,
como sempre, nos fundos de sua casa iniciava-se a sessão no qual eram-se
recebidos para os trabalhos de caridade ao povo os pretos velhos,
liderados pelo espírito que se denomina Cambinda, através do médium João
Sérgio. Posteriormente em terras de sua família (a tradicional família
Pinheiro), fundaram uma tenda de Umbanda para a caridade, a casa
umbandista se chama até hoje Xangô Menino. Sem Delva, conhecidos por
todos como Tia Delva, certamente a casa não estaria naquele lugar, em
cima de uma pedreira, com uma área muito grande que pode se dedicar não
somente a Umbanda mas também ao estudo doutrinário.
Agora,
Delva deve continuar seu trabalho juntamente a Espiritualidade, enfim
retornou ao lugar de onde veio destinada a fazer o bem e a acolher todos
que no seu caminho cruzou, desde seus filhos a seus amigos.
Quando eu vejo a imagem dela lembro do texto do nosso querido irmão Chico Xavier que diz assim:
"Que Deus não permita que eu perca o romantismo, mesmo eu sabendo que
as rosas não falam. Que eu não perca o otimismo, mesmo sabendo que o
futuro que nos espera não é assim tão alegre. Que eu não perca a vontade
de viver, mesmo sabendo que a, vida é, em muitos momentos, dolorosa.
Que eu não perca a vontade de ter grandes amigos, mesmo sabendo que, com
as voltas, do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas. Que eu
não perca a vontade de, ajudar as pessoas, mesmo sabendo que muitas,
delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda. Que, eu
não perca o equilíbrio, mesmo sabendo que inúmeras forças, querem que eu
caia. Que eu não perca a vontade de amar, mesmo, sabendo que a pessoa
que eu mais amo, pode não sentir o, mesmo, sentimento por mim. Que eu
não perca a luz e o brilho no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que
verei no mundo escurecerão, meus olhos. Que eu não perca a garra, mesmo
sabendo que a, derrota e a perda são dois adversários extremamente
perigosos. Que eu não perca a razão, mesmo sabendo que as tentações da
vida, são inúmeras e deliciosas. Que eu não perca o sentimento de
justiça, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu. Que eu, não perca
o meu forte abraço, mesmo sabendo que um dia meus, braços estarão
fracos. Que eu não perca a beleza e a alegria de, viver, mesmo sabendo
que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma.
Que eu não perca o amor por, minha família, mesmo sabendo que ela
muitas vezes me exigiria, esforços,incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a, vontade de doar este enorme amor que existe em meu
coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até,
rejeitado. Que eu não perca a vontade de ser grande, mesmo, sabendo que o
mundo é pequeno. E acima de tudo, que eu, jamais, me esqueça que Deus
me ama infinitamente, que um pequeno grão, de alegria e esperança dentro
de cada um é capaz de mudar e,transformar qualquer coisa, pois a vida é
construída nos sonhos e concretizada no amor."
Essa é uma
homenagem dos Amigos de Chico Xavier a essa figura macaense tão
iluminada que abraçou a maior causa do mundo, que foi proposta por
Jesus: "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti
mesmo", sempre lembrando que "Fora da Caridade não há salvação."
Fique com Deus"
AMIGOS DE CHICO XAVIER.
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