EDUCAÇÃO

"Meta é mudar para modelo que se comunique com a realidade do aluno", diz secretário

Novo Ensino Médio

Para secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, novo modelo para ensino médio chega para sanar deficiências. Ele alerta que agora cabe à sociedade debater o tema em momento que antecede a votação da MP no Congresso

por Portal BrasilPublicado: 28/09/2016 18h48Última modificação: 28/09/2016 18h48

Foto: Reprodução/Marcelo Vasconcelos

Rossieli Soares alertou para a necessidade de implementação de um novo modelo diante dos baixos resultados atingidos no Ideb

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O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, considera a nova proposta para o ensino médio, apresentada pelo governo federal na semana passada, como possibilidade real de "sair de um modelo totalmente engessado para outro que se comunique com a realidade do aluno, da escola". 

Com flexibilidade no currículo e escola em tempo integral, a proposta do Novo Ensino Médio tem como metas reduzir a evasão escolar nas três séries finais e melhorar os índices de qualidade no ensino. O novo modelo terá flexibilidade no currículo e escola em tempo integral.

Em entrevista ao Portal Brasil, o secretário Rossieli Soares alertou para a necessidade de implementação de um novo modelo diante dos baixos resultados atingidos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) nos últimos anos. O resultado de 2015 foi 3,7 (em escala que vai de 0 a 10) e não atingiu a meta de 4,3. O patamar se mantém desde a avaliação realizada em 2011.

“O Brasil sabe menos Matemática hoje do que sabia em 1997 com seus alunos do Ensino Médio. Há dez anos, o Ideb do Ensino Médio era de 3,4 e, hoje, o indicador é de 3,7. Nós crescemos 0,3 em dez anos. Isso está muito longe daquilo que o Brasil precisa”, avaliou o secretário. 

Outro fator apontado pelo secretário como problema e ao mesmo tempo oportunidade para mudar a estrutura do Ensino Médio é a quantidade de brasileiros na faixa etária entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. Rossieli Soares enfatiza que 1,7 milhão de jovens nem estudam e nem trabalham, mas “deveriam pelo menos concluir o Ensino Médio”.

O secretário de Educação Básica do MEC alertou ainda pra o fato de o modelo atual ter conteúdo e formatação essencialmente voltados para as provas de ingresso nas universidades sendo que apenas 16% dos jovens que concluem essa etapa entrarem no Ensino Superior.

Com esse diagnóstico, Rossieli Soares acha importante a discussão da Medida Provisória que implementa o Novo Ensino Médio, tanto  pelo Congresso, que têm 120 dias para discutir a pauta antes de votá-la, quanto pela sociedade: “A MP já está valendo mas ainda está em debate. Essa discussão agora é centrada no Congresso, que levará em conta o debate proposto pela sociedade também. O que a medida traz é um alerta de que o País precisa discutir o tema de uma vez por todas para dar os próximos passos", afirmou. 

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação

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