Borá é o menor município do país, mas, tem mais eleitores que habitantes
Normalmente
os municípios têm mais habitantes do que eleitores, mas não é isso que
ocorre em Borá (SP). O menor município do país tem 805 moradores, e
curiosamente 1071 eleitores devem ir às urnas no próximo domingo (7).
Isso porque algumas pessoas se mudam da cidade, mas não transferem o
título.
Para os moradores, saúde e educação não são prioridades
no município. Uma usina de cana que fica a 13 quilômetros do Centro da
cidade emprega a maioria dos trabalhadores. São mais de 1.500 empregos
diretos e indiretos. O problema é que boa parte dessa mão de obra vem de
cidades vizinhas, como Paraguaçu Paulista e Tupã.
Paulo César Dias, auxiliar de mecânica, destaca a situação: “a cidade precisa de mais emprego para as mulheres”. José Ismael Santos, auxiliar agrícola, concorda, “deveriam trazer empresas para cá, para gerar emprego e não dependermos só da usina”.
Outro ponto destacado pelos moradores é
a melhoria no comércio. Sidney Furtina, comerciante, afirma que “o povo
daqui é obrigado a ir a outras cidades porque o comercio é precário”. A
viagem incomoda funcionários e quem vive em Borá. A população não vê o
município se desenvolver por falta de moradores. Para atrair mais gente
para a cidade, um núcleo habitacional está sendo construído.
O problema é que a obra já dura sete anos. A expectativa é que ela seja finalmente entregue até o final de 2012. Com isso, 101 famílias vão ter uma nova casa para morar. Mas para o candidato do PSDB, elas não são suficientes para atender à demanda. Nelson Celestino Teixeira já foi prefeito por quatro mandatos e acha que o município só vai se desenvolver com a construção de mais moradias.
Nós temos essas 101 casas que já vão para sete anos empacadas, paradas. Hoje faltam moradias por causa dessa usina sediada no município que dá emprego direto e indireto a 1.600 pessoas. E esse povo quer morar perto do trabalho pelos horários, para descansar o corpo. Cumprir turno”, explica.
Já para o atual prefeito Luiz Carlos Rodrigues (PT), que
busca a reeleição, a chegada de novos moradores vai se transformar no
principal desafio para a próxima administração. A quantidade de famílias
que vivem em Borá deve pular de 100 para cerca de 200. “O impacto vai
ser grande, o que a gente oferece para 220 famílias talvez a gente tenha
dificuldade para oferecer para 300 e poucas famílias, que vão ser os
futuros moradores. E a minha preocupação maior é saúde e educação sim.
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