São Paulo vai começar vacinar população em 25 de janeiro

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Coronavac, do laboratório chinês Sinova, começará a ser aplicada em São Paulo em 25 de janeiro
Coronavac, do laboratório chinês Sinova, começará a ser aplicada em São Paulo em 25 de janeiro

O governo de São Paulo anunciou que a vacinação da população paulista contra a Covid-19 vai começar no dia 25 de janeiro, usando a vacina Coronavac, fabricada pelo laboratório chinês Sinovac, e que foi testada em mais de 15 mil brasileiros.

Serão vacinados primeiro os profissionais de saúde, pessoas com mais de 60 anos e grupos vulneráveis como indígenas e quilombolas, totalizando 9 milhões de pessoas. Pelo calendário anunciado pelo governo paulista, esse grupo de prioritários receberá a segunda dose no dia 15 de fevereiro.

Quem tem 75 anos ou mais vai receber a primeira dose em 8 de fevereiro e a segunda em 1º de março. Para quem tem entre 70 a 74 anos, as doses serão ministradas em 15 de fevereiro e 8 de março. De 65 a 69 anos, 22 de fevereiro e 15 de março. Por fim, de 60 a 64 anos, 1º de março e 22 de março. Outras fases da vacinação ainda serão anunciadas.

O governo paulista informou que a opção por iniciar a vacinação em pessoas com 60 anos ou mais vai acontecer porque 77% das mortes registradas em São Paulo por conta da covid (42,5 mil pessoas) ocorreram nessa faixa etária.

São 7,5 milhões de pessoas acima de 60 em São Paulo, para uma população total de 46 milhões. Os profissionais de saúde e as pessoas vulneráveis representam 1,5 milhão de pessoas.

Para começar a ser usada, entretanto, a Coronavac ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes disso, porém, o Instituto Butantan, que coordena as testagens nos voluntários brasileiros, terá que divulgar os resultados dos testes da última fase, que vai confirmar a eficácia do imunizante. O Butantan disse que esses dados serão divulgados na próxima semana.

Operação de guerra

Governador João Dória (centro), ao receber insumos para fabricação da coronavac pelo Butantan B
Governador João Dória (centro), ao receber insumos para fabricação da coronavac pelo Butantan

Entre dezembro e janeiro, o Butantan terá disponíveis 46 milhões de doses da Coronavac, sendo que 6 milhões serão fornecidas pela Sinovac e as outras 40 milhões serão envasadas no Brasil, com os insumos que começaram a chegar da China.

Para dar início ao processo de vacinação, o governo de São Paulo está montando uma verdadeira operação de guerra. O plano de imunização prevê ampliar os locais de vacinação dos atuais 5.200 para 10 mil, utilizando farmácias credenciadas, quartéis da polícia militar, escolas (nos finais de semana), terminais de ônibus e até mesmo usar o sistema drive thru (sem que a pessoa precise deixar o carro, evitando aglomerações).

O plano de imunização do governo ainda prevê checar cada uma das 4.700 Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos municípios. Os horários de vacinação serão das 7h às 22h de segunda a sexta e das 7h às 17h nos fins de semana e feriado.

Como serão imunizados 9 milhões de pessoas inicialmente, serão necessárias 18 milhões de doses da vacina para aplicar as duas doses. Para enviar a vacina a todos os municípios do Estado serão montados 25 postos de distribuição, que contarão com uma frota de 30 caminhões climatizados. Essa operação vai custar ao governo de São Paulo R$ 100 milhões.

Butantan vai disponibilizar 4 milhões de doses da Coronavac para outros estados, que deverão ser usadas para imunizar profissionais de saúde.

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