terça-feira, 4 de março de 2014

 Atualizado em segunda-feira, 3 de março de 2014 - 15h57

Ex-ministra: Rússia declara guerra aos EUA

Ex-primeira-ministra da Ucrânia disse que agressão russa é resultado da nova revolução ucraniana
Manifestantes pró-Rússia foram às ruas em apoio à população de origem russa na Crimeia / ALEXANDER KHUDOTEPLY / AFPManifestantes pró-Rússia foram às ruas em apoio à população de origem russa na CrimeiaALEXANDER KHUDOTEPLY / AFP
Ao ocupar a Crimeia, a Rússia declarou guerra não apenas à Ucrânia, mas também aosEstados Unidos e ao Reino Unido, que são fiadores da soberania ucraniana, declarou a ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Timoshenko, em discurso.

"Vladimir Putin compreende que, ao nos declarar guerra, ela também é declarada aos fiadores de nossa segurança, ou seja, Estados Unidos e Reino Unido", disse Timoshenko em um vídeo disponibilizado em seu site.

Rússia, Estados Unidos e Reino Unido são fiadores da integridade territorial da Ucrânia desde 1994, quando a ex-república soviética renunciou às armas nucleares.

"Não acredito que a Rússia cruze esta linha vermelha. Se o fizer, perderá", ressaltou a ex-primeira-ministra, que considerou que a "agressão russa" teria sido impossível se a Ucrânia tivesse aderido antes à Otan.

Figura da Revolução Laranja pró-ocidental em 2004, Timoshenko foi libertada após a destituição do presidente Viktor Yanukovytch, seu adversário nas eleições presidenciais de 2010, no dia 22 de fevereiro. Ela foi condenada em 2011 a sete anos de prisão por abuso de poder.

Timoshenko também disse que o lançamento da agressão russa era o resultado da nova revolução ucraniana, que colocou fim ao regime de Yanukovytch, a quem acusou de estar subordinado à Rússia. "A Rússia não quis aceitar. Agora decidiu se apoderar da Ucrânia com uma intervenção armada", completou.

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