quinta-feira, 7 de maio de 2015

Indústria brasileira de petróleo e gás oferece ambiente favorável para investimentos externos

06.Mai.2015
paulo-alonso.jpgO Brasil oferece oportunidades para empresas estrangeiras que pretendem atuar no setor de petróleo e gás natural no país. A mensagem foi transmitida nesta quarta-feira (6/5) em Houston (EUA), pelo assessor da nossa Presidência, Paulo Sergio Rodrigues Alonso, no evento “Oil & Gas in Brazil: Scenarios and Opportunities”,(“Petróleo e Gás no Brasil: cenários e oportunidades”)  promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Texas (Bratecc, na sigla em inglês).

O executivo, que acumula o cargo de coordenador executivo do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), avaliou que, depois de 16 anos em vigor, a Política de Conteúdo Local brasileira está madura.

Na palestra Marine Demands for 2020-2030: Local Content and Opportunities in a new environment (Demandas de equipamentos marítimos para 2020-2030: Conteúdo Local e Oportunidades em um novo ambiente), Alonso citou, entre as iniciativas bem-vindas para o setor, a associação entre fabricantes brasileiros e estrangeiros, com o objetivo de promover soluções para gargalos tecnológicos existentes na indústria nacional. “Queremos incentivar conteúdo local em base sustentável e competitiva“, disse.

O rol de oportunidades se estende tanto para fabricantes, quanto para prestadores de serviço, que poderão atuar em parceria com fornecedores brasileiros. Alonso destacou a importância da academia para inovação e desenvolvimento da indústria brasileira e do setor de petróleo. “Precisamos gerar inovação continuada, porque só com a inovação a nossa indústria será competitiva e de classe mundial em comparação com outros concorrentes no mundo”, ressaltou.

Paulo Alonso mencionou oportunidades que irão surgir tendo por base os equipamentos e serviços críticos importados necessários aos FPSOs (navios-plataforma), que irão operar entre 2020 e 2030. "Temos a necessidade do desenvolvimento de novos fornecedores de guindastes offshore, unidades de injeção química, sistemas de esgoto a vácuo, sistemas de navegação, posicionamento dinâmico, propulsão, válvulas, tubulação e conexões, entre outras."

O executivo lembrou a necessidade que temos de cumprir nossos investimentos com rigor e eficiência: “A companhia está realizando contratações de empresas com experiência renomada na implantação de projetos (plataformas, por exemplo), e tem trabalhado com exigências factíveis de conteúdo local, buscando incentivar, de forma incessante, o desenvolvimento tecnológico e a engenharia nacional."

Estratégia em logística de E&P otimiza operações e custos

No mesmo evento, a gerente executiva de Serviços de Exploração e Produção, Cristina Pinho, apresentou a palestra A new business model applied to Upstream Logistics  (A logística do E&P da Petrobras e um novo modelo de negócio). A executiva falou sobre a Petrobras Logística de E&P (PB-LOG), empresa criada para nos prover serviços de suporte e parceiros nos campos que operados.

Cristina explicou que a criação da PB-LOG em 2012,  com 100% de nossa participação, permitiu separar os serviços de operação de Exploração e Produção, dos serviços de suporte e logística. A infraestrutura e recursos que já possuímos, além do acesso a fornecedores e prestadores de serviços, conferem vantagens à empresa de logística, que vai competir no mercado para dar suporte aos consórcios que operamos.

A gerente também apresentou o Programa de Excelência de Operações Logísticas, implementado nas rotas de embarcações nas bacias de Santos e Campos. O programa nos permitiu  otimizar o número de visitas da frota, aumentar em 20% a pontualidade das entregas e reduzir em 30% o tempo do ciclo de viagem das embarcações. O mesmo programa será implementado para frota de helicópteros.

Ao apresentar a nossa estratégia em logística, Cristina mostrou um panorama do volume de operações e recursos que gerenciamos em nossas operações offshore nas Bacias de Campos e de Santos, onde contamos com 144 embarcações de apoio, que transportam cerca de 388 mil toneladas de carga por mês. Para transporte de pessoal, são realizados 9 mil voos por mês, com 101 helicópteros, para 93.571 passageiros. Contamos ainda com 8 aerodrones para apoio às operações.

Também participaram do evento promovido pela Bratecc a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, e o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo.

Oportunidades no Brasil no setor de petróleo

Na segunda-feira (4/5), Alonso também apresentou as oportunidades de negócios no setor de petróleo brasileiro no seminário Providing goods and services for the oil industry in Brazil: opportunities for foreign suppliers in a new scenario("Fornecendo produtos e serviços para a indústria de petróleo no Brasil: oportunidades para fornecedores estrangeiros em um novo cenário"), em programação paralela à Offshore Technology Conference (OTC). O gerente de Desenvolvimento de Mercado da área de Materiais, Ronaldo Martins, falou no evento sobre o espaço para novos fornecedores de bens e serviços no país, assim como para parcerias em soluções tecnológicas e de engenharia.
Postado em: [Institucional]

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