Rebeca brilha no salto; Flávia, na trave e Brasil conquista classificação por equipe na ginástica artística
Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa também disputarão as finais no individual geral
Após a inédita classificação por equipes da equipe masculina de ginástica artística em uma Olímpiada no último sábado (06.08), as meninas da seleção brasileira da ginástica artística estrearam na Arena Olímpica Rio neste domingo (07.08) em busca da classificação de mais resultados históricos. As veteranas Daniele Hypolito e Jade Barbosa e as estreantes Lorrane Oliveira, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva deram o primeiro passo e conseguiram classificar a equipe brasileira para a final na quinta colocação.
Destaque para Rebeca Andrade, de apenas 17 anos, que tirou a nota 15.566 no salto. "Eu fiquei muito feliz com esta nota. Meus treinadores sempre acreditaram que eu iria conseguir a classificação na Olímpiada. Claro que eu acreditava também, mas não tanto quanto eles. E saber que eu posso, dá vontade de querer ir mais além," disse.
Rebeca nasceu em Guarulhos, na região metropolitano de São Paulo. Em julho de 2015, a ginasta passou por uma cirurgia e após a recuperação pensou em desistir. Rebeca conta que foi a mãe dela que a fez voltar para os treinos e não desistir da ginástica artística. "Depois que me machuquei, cheguei a falar que não queria mais treinar. Mas minha mãe não deixou. Ela disse: 'Eu não acredito Rebeca! Você vai desperdiçar 13 anos da sua vida? Vai abandonar a ginástica agora? Eu não vou deixar.' Agora vou ligar para ela e vou chorar. Ela vai também vai chorar".
Além da excelente nota no salto, Rebeca Andrade também conquistou 14.933 nas barras paralelas, 14.200 na trave e 14.033 no solo. Foi a melhor brasileira na classificação geral, ficando quarta posição com 58.732 pontos e foi para a final no individual geral. Apesar de chamar a atenção no salto, foi no solo que ela se sentiu uma diva. Rebeca é fã da cantora norte-americana Beyonc' e foi com a música da popstar que a paulista fez o público vibrar. "A música da Beyonce faz muito sucesso, ela é uma diva e me faz sentir uma diva também. No solo e eu fico muito feliz em poder me apresentar ao som da Beyonce", contou Rebeca.
Quem também fez uma boa estreia olímpica foi Flávia Saraiva. Com apenas 16 anos, a ginasta contou com a torcida brasileira, que cantava em coro seu nome. A pequena ginasta, de apenas 1,33m de altura, teve seu melhor desempenho na trave (15.133 pontos), ficando em terceiro e garantindo a vaga na final do aparelho. "É a primeira Olímpiada no meu país. Eu estou muito feliz em participar. Não quero colocar muita expectativa em relação a uma medalha na trave até porque eu estou tentando manter o meu melhor. Se tudo der certo, vou conseguir uma medalha e vai ser uma alegria muito grande", comentou a atleta.
Flavinha fechou a sequencia de provas com 14.633 no salto, 12.733 na paralela e 14.266 no solo. Terminou com 56.532, em 19º e também classificada no individual geral.
As brasileiras começaram o rodízio de aparelhos na trave. A primeira a representar o Brasil foi a veterana Daniele Hypolito. Depois da apresentação na trave, Daniele Hypolito foi para o solo (12.400), onde sofreu uma queda e pediu desculpa à torcida brasileira. "Eu gostei mais da minha apresentação na trave. Solo foi uma pena. O pedido de desculpa é uma forma de carinho com o público que estava torcendo por mim", lamentou a ginasta.
Jade Barbosa foi a segunda brasileira a se apresentar na trave e a terceira brasileira classificada no individual geral. Jade terminou a sequencia em 23º com 56.499 pontos. A atleta não foi bem no aparelho (13.600), mas conseguiu melhorar o desempenho no salto (14.900). "Na trave eu quase caí. Neste momento eu tive que manter a calma e focar nos próximos três aparelhos. Coloquei isso em mente e consegui ir até a apresentação final da trave". A carioca fechou a apresentação com 14.266 na paralela e 13.733 no solo.
Outra estreante em Jogos Olímpicos, Lorrane Oliveira, se apresentou nas provas de salto (14.933) e paralelas (14.933), fechando o rodízio de aparelhos.
Classificação geral
Além das meninas brasileiras, a equipe norte-americana encantou o publicou e finalizou a apresentação em primeiro lugar, com 185.238 pontos. A China se classificou para a final em segundo, com 175.279. Destaque para Simone Biles, favorita em todas as provas e dona de 14 medalhas em mundiais, dez de ouro. Em terceiro a Rússia com 174.620. Em quarto, na frente do Brasil, a Grã-Bretanha com 174.064. Passaram também para as finais as equipes da Alemanha, Holanda e Japão.
Michele Abílio - brasil2016.gov.br
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