sábado, 3 de dezembro de 2016

Movimento Ferrovia Viva - Por Alex Medeiros
Movimento Ferrovia Viva Por Alex Medeiros
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FERROVIA NOVA POR AI(?). MORTE PARA TRECHOS DA “VELHA”(?)

Publicado em 03/07/2015 2 comentários Comente!


Na imagem com auxílio do Google Earth, o traçado da nova ferrovia - EF 158
Na imagem com auxílio do Google Earth, o traçado da nova ferrovia - EF 158
Nova Ferrovia coloca Rio de Janeiro em destaque
Abandonada, por algum tempo, em termos de ações específicas, ouvimos “apitos de aproximação” com perspectivas de concretização da escrita e falada velha nova ferrovia EF 118, ligando Vila Velha (junção com trecho ferroviário da Estrada de Ferro Vitória a Minas) a Nova Iguaçu (junção com trecho da ferrovia MRS Logística). Serão 578 km, tendo trechos só de bitola larga e outros de bitola mista. Agendadas, pela ANTT, quatro Audiências Públicas, dentre elas,  para os dias 10/07 e 17/07, nas cidades do Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes, respectivamente. A nova ferrovia será importantíssima para o Estado do Rio, em função dos atendimentos que proporcionará, dentre eles, ao Porto do Açu, em São João da Barra, ao ainda discutido Porto de Macaé e ao COMPERJ, em Itaboraí.
Parte do trecho será sobre a ferrovia velha
Em paralelo aos “vagões cheios de possibilidades” com a nova ferrovia, os ferroviários históricos, preocupados com a memória, e os defensores da utilização do trecho concessionado à Ferrovia Centro-Atlântica – FCA, para transportes de passageiros, alertam sobre a necessidade de discussões em âmbitos municipais, fechando propostas, a fim de serem levadas às Audiências Públicas. Pelo novo traçado, apresentado pelos Governos dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, um bom trecho da atual ferrovia será utilizado pela nova, segundo os estudos, contribuindo para redução nos custos de implantação. Com isso, dificuldades para circulação de trens de passageiros.
Transportes ferroviários de passageiros entre Macaé e Rio das Ostras?
Quando do início das discussões e “Tomada de Subsídios” no universo da Resolução ANTT nº 4.131, que trata da devolução, pela FCA, dentre outros, do trecho ferroviário Visconde de Itaboraí – Campos dos Goytacazes, o município de Macaé, através do Sr. Prefeito, pronunciou-se, requerendo o trecho que corta seu território, entre as divisas dos municípios de Rio das Ostras e Carapebus. O trecho não será utilizado no traçado da nova ferrovia. Aliás, o que também acontecerá no território do município de Rio das Ostras, abrindo possibilidade para transportes de passageiros entre os dois municípios.
Reunião na Secretaria de Mobilidade Urbana de Macaé
Dia 30 de junho, o Movimento Ferrovia Viva reuniu-se com o Secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Sr. Evandro Esteves, para tratar de outra pauta, entretanto, entre conversas, foi colocada a questão da nova ferrovia. O Secretário mostrou-se conhecedor da realização das Audiências Públicas, afirmando que se fará presente em Campos, ficando apalavrada aproximação com os ferroviários, objetivando interação de conhecimentos, ideias e propostas.
Agora, certamente, a FCA devolverá o trecho a ANTT
Se um dos motivos que fizeram a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres propor que a Ferrovia Centro-Atlântica – FCA devolvesse o trecho Visconde de Itaboraí a Campos dos Goytacazes, era a iminência de concorrência entre modelos de concessões diferentes (Atual com a FCA e futura, na nova ferrovia), agora, com partes do trecho concessionado sendo ocupadas pelo traçado da EF 118, ficará mais fácil a aprovação da devolução.
Prejuízos para o Estado do Rio de Janeiro?
Já escrevemos sobre isso neste espaço. Retornamos, em face à iminência da devolução do trecho ferroviário. Nos documentos que tratam sobre a devolução do trecho, pela FCA a ANTT, consta sobre investimentos obrigatórios a serem feitos pela concessionária. Estes, em trechos que permanecerão a ela concedidos. A maior parte deles, nos Estados de Minas Gerais e Bahia. Resumindo: A FCA investirá noutros Estados o que não investiu nas linhas que está devolvendo. Recebeu trechos em condições de circularem trens de cargas, devolvendo malha que oferece riscos até para circulação de autos de linha. Sabemos de manifestações junto ao Ministério Público, entretanto, há que se intensificar ações para defender os interesses fluminenses; tanto do Estado, quanto dos Municípios com possibilidades e interesses na utilização da malha para transportes de passageiros e/ou para preservação da memória ferroviária.

Muito obrigado. Até a próxima.

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