Fagner se mostra satisfeito, mas diz que Brasil tem "margem para melhorar"
AFP / Nelson AlmeidaFagner durante treinamento do Brasil em Sochi, dia 24 de junho de 2018
Elogiado pela boa atuação na vitória do Brasil sobre a Costa Rica (2-0), partida que marcou sua estreia em Copas do Mundo, Fagner se mostrou satisfeito com o desempenho da Seleção na Rússia, mas acredita que há "margem para melhorar", em entrevista coletiva deste domingo, em Sochi.
Para Fagner, as críticas que o Brasil recebeu após as duas primeiras rodadas na Copa do Mundo da Rússia, um empate com a Suíça (1-1) e uma vitória nos acréscimos sobre a Costa Rica, devem-se ao ótimo desempenho apresentado nas eliminatórias sul-americanas e nos amistosos.
"A pressão existe por tudo o que fizemos lá atrás. Estamos satisfeitos com o desempenho e sabemos que existe margem para melhorar. Sabemos que no decorrer da competição vamos melhorando", garantiu.
Se o Brasil sofre com críticas, Fagner vive situação oposta. O lateral-direito do Corinthians soube que faria sua estreia em Copa do Mundo na véspera do duelo com os costarriquenhos, após lesão de última hora do titular Danilo, e teve atuação segura.
"Procurei fazer o que estou acostumado, fazendo o básico e ganhando confiança aos poucos. Fiquei feliz com a atuação. A tendência é ir melhorando", analisou.
Mas, para o lateral do Corinthians, o simples fato de ter entrado em campo foi uma vitória.
Lesionado com gravidade no joelho em abril, Fagner não sabia se teria condições físicas de ser convocado por Tite. Muito menos jogar uma Copa do Mundo.
"Duas semanas antes da convocação eu tive uma lesão. Fiquei na dúvida, não sabia se estaria aqui. Me senti muito emocionado e feliz por ter jogado 90 minutos sem problemas. Há 54 dias eu corria o risco de não estar na Copa", revelou.
- "Imagino tudo que o Neymar passou" -
É por ter passado por momentos de incertezas que Fagner mostra apoio incondicional a Neymar, criticado no Brasil pelas lágrimas derramadas após a vitória sobre a Costa Rica. Para uns, um sinal de fraqueza mental. Para outros, um teatro midiático.
"Imagino por tudo o que o Neymar passou. Cada um reage de uma forma. A dele ali foi de extravasar. Sabemos o que cada atleta passou para poder estar naquele momento. Acho que passou um filme na cabeça dele, fazer o gol, disputar mais uma Copa", afirmou Fagner sobre camisa 10 da Seleção, operado em março do pé direito e que sofria com dores no tornozelo contra os costarriquenhos.
"Todo atleta tem seu sentimento, é ser humano. Mas o grupo todo está com o Neymar, vai dar o apoio, o suporte. Ele é um cara experiente e vai saber tirar energia disso tudo para dar sempre o seu melhor pela Seleção", concluiu o lateral.
Antes da coletiva, Neymar voltou a campo neste domingo em Sochi, cidade-base da Seleção durante a Copa, para o último treino antes da viagem a Moscou, onde o Brasil enfrenta a Sérvia na quarta-feira.
O craque mostrou desenvoltura em campo e bom humor durante o tempo em que a imprensa teve acesso à atividade, realizando alongamento e treino regenerativo ao lado dos companheiros.
Douglas Costa, com uma lesão na coxa direita, e Danilo, com problemas no quadril, seguem entregues aos fisioterapeutas. Na véspera, os dois jogadores tiveram as ausências contra a Sérvia confirmadas pelo médico da Seleção, Rodrigo Lasmar.
Com quatro pontos, o Brasil precisa apenas de um empate contra a Sérvia (3 pts) para garantir a classificação às oitavas de final.
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