'Não posso ser surpreendido com notícias. Pô, eu tenho a PF que não me dá informações', afirma Jair Bolsonaro no vídeo da reunião ministerial que veio a público nesta sexta-feira, por decisão do ministro do STF Celso de Mello. A gravação integra o inquérito que investiga a suposta interferência do presidente da República na Polícia Federal.
Em um dos trechos, Bolsonaro diz que tem um 'sistema particular' de informações que funciona, e que o sistema oficial 'desinforma'. 'Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui. E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda [...] Se não puder trocar, troca o chefe dele. Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro. E ponto final', fala o presidente. Após a divulgação do vídeo, Bolsonaro disse que a gravação desmonta mais uma 'farsa' e mostra que não há 'indício de interferência na Polícia Federal'. Para Moro, 'a verdade foi dita'.
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Declarações dos ministros
As falas dos ministros na reunião repercutiram. Abraham Weintraub, da Educação, atacou os ministros do Supremo: 'Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF'. Damares Alves, dos Direitos Humanos, criticou as medidas de isolamento durante a pandemia e disse que vai pedir a prisão de governadores e prefeitos. Já Ricardo Salles, do Meio Ambiente, defendeu passar 'a boiada' e mudar regras, aproveitando que as atenções estão voltadas para a Covid-19.
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Investigação
O ministro do STF Celso de Mello enviou para a Procuradoria Geral da República, nesta sexta-feira, três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem novos desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia. É praxe que ministros do Supremo enviem esse tipo de ação para manifestação da procuradoria. Não há prazo para o procurador geral da República, Augusto Aras, decidir sobre os pedidos. |
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'Consequências imprevisíveis'
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, afirmou que uma eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro seria 'inconcebível' e teria 'consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional'. Heleno disse que seria uma afronta ao presidente e interferência 'inadmissível' de outro poder na privacidade de Bolsonaro e na segurança institucional do país. |
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Inscrições do Enem
O prazo de inscrição para o Enem 2020 foi prorrogado até as 23h59 da próxima quarta-feira (27). A mudança foi anunciada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, depois que candidatos relataram problemas na inscrição, que terminaria nesta sexta. |
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Epicentro
O Brasil registrou 1.001 mortes por Covid-19 nesta sexta-feira, e o total já passa de 21 mil, segundo dados do Ministério da Saúde. Somos agora o segundo país com mais casos da doença, atrás dos EUA. A América do Sul é o novo epicentro do coronavírus, afirmou a Organização Mundial da Saúde. A OMS voltou a ressaltar que não indica o uso da cloroquina para tratamento da Covid-19. |
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Risco maior de morte
Uma pesquisa feita com mais de 96 mil pacientes em seis continentes apontou que a hidroxicloroquina e a cloroquina não apresentam benefícios no tratamento da Covid-19. O estudo, publicado nesta sexta-feira, mostra que não há melhora na recuperação dos infectados e que existe um risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização. É a mais ampla pesquisa já feita sobre o uso do medicamento. |
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Corrida pela vacina
A boa notícia desta sexta-feira são os resultados promissores de uma vacina chinesa para a Covid-19, que apresentou pela primeira vez a capacidade de criação de anticorpos em humanos e gerou uma resposta imune contra o vírus. A vacina está em fase inicial de testes. |
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