sexta-feira, 18 de setembro de 2020

 

O que você está deixando para o mundo?

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*por Claudia Queiroz

Tempos difíceis exigem discernimento, coragem, ousadia, calma, tudo muito bem planejado e pontuado. Problemas de relacionamentos, amores que não sabem esperar o dia amanhecer e pensam em divórcio como solução, cuidados que precisamos ter com alimentação equilibrada, atividade física, meditação e tantos aspectos como prevenção de sofrimento são apenas algumas das revisões que estamos aprendendo a fazer enquanto “ficamos mais em casa”.

No entanto, quero que todos nós façamos um upgrade nesta pandemia para perceber, na prática, que este momento existe para revermos conceitos e melhorarmos nossas bases. Assim estaremos preparados para qualquer tipo de crise. Porque todas as dificuldades passam, mas é muito importante a gente saber como passar por elas. E a proposta dos artigos que escrevo aqui é fazer você ficar melhor, maior e mais forte com todos esses conceitos.

Quando o assunto envolve maternidade, por exemplo, um filho que chora tem a certeza do colo, do beijo que cura e do carinho que acalma… Mas as crianças crescem e precisam aprender a cuidar do que sentem.

Joelhos esfolados representam as dores do mundo para uma criança. Uma mãe sabe disso, o filho, não. Cabe a nós ensiná-los como enfrentar a cicatrização. Mais tarde, se Deus quiser, não só com o tempo, minha filha saberá administrar as tombos e frustrações que terá na vida.

Pensar antes de agir alivia os sentimentos com sabedoria. Tenho refletido muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Se você retirar a poeira de um móvel, o mundo ficará mais limpo. Cada um faz a sua parte. Você pode barrar uma fofoca, uma fakenews, destruir o poder de uma calúnia… E sabe o que é melhor? Alguém deixará de sofrer graças ao seu silêncio!

Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de olhares apressados. O melhor é ir devagar. Respeitar o que cada um vê. Por isso, cuide do que diz, do que faz e do que deixa para o mundo.

Quando eu era pequena, um tio muito querido dizia que precisávamos plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro para fazermos a vida valer a pena. Por muito tempo pensei nesta “verdade” que passou de geração em geração, até que hoje eu pudesse enxergar que a base da educação precisa de cuidado, proteção, conversas doces e muito amor.

Sementes de prosperidade e grandes conquistas, regadas todos os dias, nos afastam maus pensamentos. Isso nos ajuda a ter mais facilidade para lidar com problemas, eliminar culpas, traumas, dores e a vivermos mais em paz. Cenário ideal para plantar um novo conceito de vida, hein? Cuidando do solo, não tem como não brotar uma nova maneira de ver o mundo dentro e fora de cada um de nós.

Levando em conta as raízes de um bem-estar genuíno e sustentável, perceba que sementes ruins podem germinar em solo fértil, mas boas sementes não progridem em solos ruins. Experimente agora trocar “solo fértil” por “pensamentos” e verá o resultado extraordinário que teremos se alimentarmos nossa mente com boas ideias. Só depende de você saber regar!

Claudia Queiroz é jornalista.

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