Educação Inclusiva segue com ensino remoto
Alunos atendidos na Educação Inclusiva da rede municipal seguem recebendo atividades específicas sugeridas pelos professores durante a suspensão das aulas presenciais. Macaé conta com 52 salas de recursos multifuncionais, 10 salas de Apoio Pedagógico Específico (APE), além de duas escolas polo de atendimento visual e auditivo, nas escolas municipais Ancyra Gonçalves Pimentel e Jofre Frossard.
A Coordenação de Educação Inclusiva, da Secretaria de Educação, atende e orienta a respeito da educação especial/inclusiva, a comunidade escolar das 107 escolas com profissionais especialistas. As salas de APE funcionam com o objetivo de promover a melhoria da aprendizagem e buscar estratégias pedagógicas que possibilitem o entendimento das origens das dificuldades na aprendizagem e uma ação integrada em prol do ensino-aprendizagem.
De acordo com a secretária de Educação, Eliane Araújo, o município trabalha para oferecer educação de qualidade com igualdade para todos. “Mesmo no sistema remoto, estamos trabalhando para continuar cumprindo as Políticas Públicas direcionadas à Educação Especial”, ressalta.
O trabalho na rede municipal consiste no atendimento a estudantes com distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras (dislalia), dificuldade de aprendizagem acentuada, além de dificuldade de leitura, escrita e soletração (dislexia) e transtorno da expressão escrita (disortografia e disgrafia), transtorno de Matemática (discalculia) e transtorno global de aprendizagem (distúrbio da aprendizagem).
As ações junto aos atendidos da sala de Apoio Pedagógico Específico acontecem em parceria com gestores, professores, pais e responsáveis para detectar e realizar os primeiros ajustes e intervenções adequadas junto aos estudantes. A Superintendente de Educação Inclusiva, Janaína Pinheiro, destaca que o elo entre família e escola é essencial. "A parceria da família nesse novo formato de ensino remoto tem sido de fundamental importância nesse processo, assim como os professores especialistas das salas de AEE/APE", pontua.
Já para as escolas que não possuem salas de recursos multifuncionais e de apoio pedagógico específico, a equipe de Educação Inclusiva tem atuado em várias frentes: na elaboração e organização de recursos pedagógicos e de acessibilidade, desenvolvimento de cursos em parceria com o Centro de Formação Carolina Garcia e participação em horários de atividades nas unidades escolares com temas específicos da educação especial/inclusiva, com objetivo de eliminar barreiras de acessibilidade.
Outro destaque na rede municipal é o Plano de Ensino Individualizado (PEI), possibilidade em que o conteúdo a ser trabalhado passa por um processo de personalização, considerando o que é relevante para cada aluno. A escola e a família podem trabalhar juntos desde a escolha desse conteúdo e habilidades, até a forma de trabalhar.
Curso - Através da parceria com o Centro de Formação Carolina Garcia, diversos cursos serão ministrados, ainda este ano, para melhor atender a comunidade escolar e profissionais. Uma das formações já confirmada será "TEA - Possibilidades e desafios inclusivos em tempo de pandemia". A finalidade é ampliar o conhecimento no fazer pedagógico com o aluno diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O curso será de 50 horas e totalmente online, com atividades e encontros virtuais através de vídeochamadas, apresentação de artigos científicos, estudos de caso e sugestões de abordagens para o ensino. Na grade serão abordados conteúdos como: Conceito de TEA e principais características; protocolos importantes no ambiente escolar: relatórios, parecer pedagógico, diagnóstico (estudos de caso); disfunção sensorial dos alunos com TEA; sugestões de abordagens para integração Sensorial e Estratégias de observação para ações na escola e no lar; parceria família-escola e elaboração de Plano de Ensino Individualizado.
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