terça-feira, 22 de maio de 2012

Audiência de Cachoeira 

foi um 'fiasco', diz membro de CPI

A audiência do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeiro, na CPI que leva seu nome foi "um fiasco", disse o deputado federal Silvio Costa (PTB), integrante da comissão. O depoimento começou às 14h de hoje no Senado.

O deputado disse a seus colegas que eles deveriam parar de fazer perguntas. "Eu fui sempre contra convocar o Cachoeira em primeiro lugar. Eu tenho uma tese, quem detona uma CPI é o chamado baixo clero. Eu advogava que primeiro se chamasse esse povo, e o Cachoeira, depois. Agora o que pode acontecer: como o Cachoeira ficou quieto, todos os outros depoentes vão querer ficar quietos também", disse o deputado à Folha.


Lia de Paula/Agência Senado
Cachoeira (à esquerda) na chegada ao Congresso nesta tarde
Cachoeira na chegada ao Congresso
Desde o início da sessão, Cachoeira tem respondido às perguntas dos parlamentares com resposta semelhante: a de que vai permanecer calado por orientação de seu advogado, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

O advogado acompanha o depoimento ao lado de Cachoeira, na sala do Senado.

"Constitucionalmente fui advertido pelos advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui, somente depois da audiência que terei com o juiz. Se achar que posso contribuir, pode me chamar que responderei a qualquer pergunta", disse Cachoeira, na sua primeira fala. A audiência está prevista para acontecer no próximo dia 1º.

Cachoeira chegou ao Senado escoltado pela Polícia Federal. A mulher dele, Andressa Mendonça, também acompanha a reunião.

"Ajudaria muito, deputado, mas somente após a minha audiência. Por enquanto ficarei calado como manda a Constituição", afirmou o empresário. "Tenho muito a dizer depois da minha audiência, pode me convocar".

Segundo ele, os parlamentares forçaram a audiência. "Antes de eu depor no juiz eu não posso falar, não vou falar. Depois disso, vamos ver. Foi o pedido de sempre para reavaliar nossa vinda. Quem forçou foram os senhores."

Diante das negativas, os parlamentares têm reduzido as perguntas. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), que preparou 200, fez cinco perguntas apenas.

O depoimento de Cachoeira, inicialmente marcado para o dia 15 de maio, foi adiado após liminar concedida pelo ministro Celso de Mello na semana passada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário