Greve da Fenorte e da Uenf pode acabar
Publicado em 26/06/2014
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Servidores da Fundação Estadual do Norte Fluminense (Fenorte) realizam assembleia nesta sexta-feira, às 10h, para colocar um fim à greve da categoria, iniciada no dia 17 de março. O encontro será na quadra de esportes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf).
Segundo o presidente da Associação dos Servidores da Fenorte e Tecnorte (Asfetec), Gustavo Guimarães do Nascimento, a decisão de suspender o movimento foi tomada após a inclusão dos funcionários no projeto de lei 3.050/14, que concedeu aumentos salariais aos professores da Uenf. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), em discussão única, na última quarta-feira (25). Ele segue agora para sanção do governador Luiz Fernando Pezão.
Gustavo disse que foi concedido à Fenorte um reajuste linear de 19%, mas serão aplicados os mesmos vencimentos da Uenf, que em 2010 teve um aumento de 22%. "Receberemos o percentual de 22% da tabela e os 19%".
Ele disse que a categoria estava há 8 anos sem reajuste. "Estávamos reivindicando 63,3% de aumento, mas entendemos que o concedido é suficiente para acabar coma greve", afirmou Gustavo, destacando que, em reunião com o governador, há cerca de 20 dias, o mesmo disse ser contrário à extinção da Fenorte. "Com relação à transferência dos servidores para a Uenf, ele prometeu discutir essa questão ainda esse ano".
Reajustes de professores até 39%
Pelo projeto de lei do Governo do Estado, os professores da Uenf receberão reajustes que vão variar entre 19% e 39%, de acordo com o nível da carreira. Todos os aumentos serão pagos em duas parcelas, mas a Alerj antecipou a segunda de junho para março do ano que vem. A primeira será paga agora em julho.
O presidente da Associação dos Docentes da Uenf (Aduenf), Luís Passoni, disse que o aumento concedido não era o que queria a categoria, já que os valores apresentados pelo governo foram os mesmos de julho do ano passado. "A diferença é que a tabela só foi implementada agora".
Passoni acredita que a universidade vai continuar encontrando dificuldades para contratar professores. "Os salários vão continuar sendo os mais baixos do país", disse ele, destacando que na próxima semana será realizada assembleia para discutir os próximos passos da categoria. "Acho pouco provável a retomada da greve até mesmo por conta do calendário eleitoral". A paralisação ocorreu de 12 de março a 09 de junho.
Professores estaduais - Na última quarta-feira (25), a Alerj também aprovou um reajuste de 9% para os profissionais da Secretaria Estadual de Educação, incluindo 72 mil professores. Por conta da aprovação do reajuste, o Sindicato Estadual dosProfissionais de Educação (Sepe) decidiu adiantar a assembleia unificada para hoje, em vez do dia 3 de julho, como estava marcado inicialmente. A categoria pede aumento de 20%. A assembleia será no Rio de Janeiro.
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