quinta-feira, 26 de junho de 2014

Manifestação liderada pelo Sepe provoca reação no plenário da Câmara de Macaé
Publicado em 26/06/2014 Editoria: Geral sem comentários Comente! Imprimir


Profissionais da rede municipal de ensino, liderados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação - Sepe, interromperam a sessão legislativa desta quarta-feira (25) em uma manifestação contra o decreto 093/2014. Durante o ato, os participantes deram as costas para o plenário e acusaram o legislativo macaense de ter dado as costas para as revindicações da categoria.

O tumulto aconteceu após o presidente da Câmara de Macaé, Eduardo Cardoso (PPS), ter informado que o projeto de decreto legislarivo, proposto pelo vereador Igor Sardinha, seria votado apenas na quinta-feira (26), após o parecer da Comissão de Constituição, Justiça, Redação e Garantias Fundamentais. A intenção do decreto legislativo proposto por Igor Sardinha é revogar o decreto 093/2014, de autoria do poder executivo. O projeto retira as gratificações e regência dos servidores que tenham falta injustificada, incluindo as paralisações organizadas por categorias profissionais.

O presidente Eduardo Cardoso explicou que o decreto legislativo é uma ferramenta que deve ser usada com propriedade, caso contrário pode ser contestado na Justiça posteriormente. "Precisamos de um parecer que ateste a legalidade do projeto antes de votá-lo. Vamos aguardar até a próxima sessão, quando a Comissão deve entregar o seu parecer."

O vice-presidente Maxwell Vaz (SD) lamentou a atitude do Sepe e a classificou como deselegante. Ele frisou a postura incoerente da categoria, mesmo a Câmara tendo aberto suas portas para ouvir as reivindicações da categoria na Tribuna Cidadã, realizada pouco antes da mesma sessão.

Para Maxwell, a Casa Legislativa não virou as costas em qualquer momento para esta ou outra categoria profissional. "Os vereadores atrasaram em uma hora a sessão de hoje para discutir a legalidade do decreto legislativo. A posição da Casa foi democrática e precisa ser respeitada", lamentou novamente o vereador, resaltando o corporativismo dos manifestantes.

Os vereadores Paulo Antunes (PMDB), Amaro Luiz da Silva (PSB) e Júlio César de Barros (PPL) também lamentarram a atitude do Sepe. "Se alguém faltou com o respeito aqui foi o sindicato, que não reconheceu o esforço desta Casa em discutir um assunto tão sério", opinou Amaro.

Paulo Antunes destacou a forma transparente e democrática com que a atual gestão tem conduzido os trabalhos legislativos, compartilhando as decisões com todos os vereadores.

Já Júlio César enfatizou o desrespeito dos representantes do Sepe com os parlamentares e outras autoridades locais. "Eles desqualificaram os representantes desta Casa e não fizeram nenhum movimento quando Macaé perdeu a Coordenadoria Regional de Educação", disse Julinho reforçando a classificação da atitude do grupo de corporativista.

Apesar dos argumentos de alguns vereadores, o presidente Eduardo Cardoso disse não ter se sentido agredido pelos manifestantes. "Estou acostumado com esse tipo de manifestação e são parte do processo democrático."

› FONTE: ASCOM
FONTE MACAÉ NEWS

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