quinta-feira, 3 de setembro de 2015

 Bienal Internacional do Livro do Rio homenageia o desenhista Maurício de Souza

Da Redação com Agências

    
  
O desenhista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, que completa em outubro deste ano 80 anos de idade, é o homenageado na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que começa nesta quinta-deira (3) no Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade.
Uma exposição em área de 190 metros quadrados (m²) contará a história de Sousa, que receberá na Bienal o Prêmio José Olympio, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). Em 1959, o desenhista criou seu primeiro personagem, o cãozinho Bidu. Depois, vieram Cebolinha, Cascão, Mônica, Magali entre outros. Em 1970, lançou a revista Mônica.
“O maior orgulho de um autor é estar próximo de seus leitores e receber aquela energia para continuar a criar ideias e histórias”, disse Sousa, em entrevista à Agência Brasil. Acrescentou que se sente honrado em ser homenageado em um evento maior como a Bienal do Livro do Rio.
Durante a Bienal do Rio, serão apresentados 42 lançamentos com os personagens do desenhista. Questionado se imaginava, no início da carreira, que chegaria tão longe, disse que o sucesso não se programa. "Ele acontece naturalmente se houver um trabalho bem desenvolvido e respeito ao leitor”.
A 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro vai apresentar, durante 11 dias, uma programação com novas atividades e, pelo menos, dois recordes em relação às edições anteriores. Marcarão presença no evento mais importante do mercado editorial brasileiro mais de 200 autores de diversos estilos, 27 estrangeiros.
Outro recorde é o das inscrições para a visitação escolar. Em apenas uma hora, 145 mil alunos do ensino fundamental das redes pública e particular preencheram as vagas da iniciativa que, ao longo da história da Bienal, já levou milhares de crianças e adolescentes a se aproximarem do universo literário nos corredores do Riocentro.
Para fomentar o interesse pela leitura, os estudantes da rede pública recebem, ao chegar ao evento, uma “nota bienal” no valor de R$ 5,50, que poderá ser trocada por um livro no mesmo valor. O projeto possibilita aos inscritos a oportunidade de pesquisar, adquirir títulos, manusear exemplares e criar uma rede de trocas entre colegas após a leitura.
Este ano, serão novamente 950 expositores, ocupando uma área total de 80 mil m², 25 mil a mais do que na edição anterior. De acordo com a previsão do Snel, organizador do evento juntamente com a empresa Fagga, mais de mil títulos serão lançados e cerca de 2,5 milhões de exemplares deverão ser vendidos na Bienal, que tem expectativa de faturamento de R$ 58 milhões.
A Argentina é o país homenageado nesta edição do evento. A delegação de escritores do país vizinho é composta por nomes como Martín Kohan, Tamara Kamenszain, Eduardo Sacheri, Claudia Piñeiro, Mariana Enríquez, Sergio Olguín, Luciano Saracino, o cartunista Tute e o crítico literário Noé Jitrik.
A lista de autores internacionais abrange ainda o britânico David Nichols, os norte-americanos Julia Quinn, Leigh Bardugo, Raymond E. Feist, Collen Hoover e Jeff Kinney, o francês Jacques Leenhardt, organizador de uma edição especial de Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, de Debret, e o português Pedro Chagas Freitas. Brasileiros ou estrangeiros, os autores vão entrar em contato direto com seu público em ambientes informais como o Café Literário, Cubovoxes, a Conexão Jovem, o Encontro com Autores e SarALL.
O SarALL é uma novidade para incrementar ainda mais a diversidade de públicos e conteúdos da Bienal. O evento, que ocorre de sexta-feira (4) a domingo (6), é feito em conjunto com a Flupp – a Festa Literária das Periferias. O ambiente vai reunir poetas e grupos originários de diferentes regiões do país para trocar experiências e manter viva a tradição poética oral, em interação com a plateia, que terá microfone à disposição.
Para os pequenos leitores, a 17ª Bienal terá duas atrações inéditas. No Bamboleio, as crianças participarão de brincadeiras que envolvem culturas de todos os países – aprendendo, assim, a importância de conviver com as diferenças. Uma arena montada na parte central do espaço infantil será palco das batalhas dos primeiros Jogos Literários da Bienal. As crianças e suas famílias serão convidadas a participar, durante os 11 dias do evento, de disputas que envolvem soletração, adivinhação de sinônimos e antônimos e brincadeiras, sempre conduzidas por atores circenses.
C/AGÊNCIA BRASIL
MS

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