Em inauguração de linha de metrô, Temer diz que câncer foi 'útil' para Pezão
Em discurso a cinco dias para a abertura da Olimpíada, disse que "o Brasil precisa de paz, e nada melhor para isso do que o esporte"
© Reuters
BRASIL RIO DE JANEIROHÁ 17 MINSPOR
O presidente em exercício Michel Temer participou, neste sábado, da inauguração da linha 4 do metrô do Rio, que liga Ipanema, na zona sul, a Barra, na zona oeste. Em discurso a cinco dias para a abertura da Olimpíada, disse que "o Brasil precisa de paz, e nada melhor para isso do que o esporte".
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Otimista em relação ao sucesso do evento, Temer ainda afirmou que os Jogos Olímpicos "demonstrarão a unidade do Brasil e nossa capacidade obreira".
Durante o discurso, o presidente em exercício cometeu uma gafe ao cumprimentar o governador afastado Luiz Fernando Pezão, em rara presença pública, depois de cinco meses de tratamento contra o câncer. "Pezão está até mais bonito, acabou sendo uma coisa útil para o Pezão", discursou.
O governador do Rio foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer linfático, em março. Ele entrou de licença médica, prevista para terminar em 31 de agosto. Pezão passou por seis ciclos de quimioterapia e foi dispensado dos últimos dois depois que os resultados de exames mostraram "resolução precoce" do câncer.
A previsão total de gastos na linha 4 do metrô Ipanema - Barra é de R$ 9,7 bilhões. A obra é do Governo do Estado com suporte financeiro do Governo Federal, em parceria público-privada (PPP). É a empreitada mais atrasada e cara dos Jogos Olímpicos: será inaugurada na segunda-feira, 1º de agosto, mas a princípio só para a "família olímpica" - usuários credenciados para os Jogos. Inicialmente, o trecho deveria estar pronto no início de 2016, mas atrasos já deixaram uma das estações para 2018.
VAIAS E GRITOS
O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) foi recebido com aplausos na estação da linha 4 do metrô mas também ouviu gritos de "fora Temer". O grupo favorável a Temer também gritou "fora Lula". O presidente entrou na estação sem falar com a imprensa. Ele estava acompanhado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do governador em exercício do Rio Francisco Dornelles (PP). Com informações do Estadão Conteúdo.
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