Justiça chilena acusa 16 militares por 'Caravana da Morte'
AFP/Arquivos / Luis AcostaBandeira chilena em rua de Santiago, no dia 10 de junho de 2015
Um juiz chileno acusou nesta quarta-feira 16 militares reformados - incluindo um ex-comandante do Exército - por autoria ou cumplicidade na morte de 15 opositores em 1973, em um dos episódios da chamada 'Caravana da Morte', no início da ditadura de Augusto Pinochet.
O magistrado especial para causas de direitos humanos, Mario Carroza, "acusou 16 membros reformados do Exército como autores ou cúmplices da morte de 15 pessoas no Episódio La Serena da denominada Caravana da Morte", segundo comunicado do Poder Judiciário.
Entre os militares acusados de cumplicidade estão o ex-comandante do Exército Juan Emilio Cheyre, que por ocasião dos fatos era ajudante de ordens do comandante militar da cidade de La Serena, que executou os opositores por ordem do ditador Augusto Pinochet.
Cheyre foi detido no ano passado pelo mesmo caso, mas acabou libertado sob fiança.
Entre os demais acusados, três se encontram detidos na prisão de Punta Peuco - onde cumprem pena violadores dos direitos humanos durante a ditadura - enquanto os demais estão em liberdade, informou o Poder Judiciário.
Os 15 corpos foram encontrados em 1998 e todos "apresentavam múltiplos impactos de bala, em diferentes partes de seus corpos".
No total, 75 presos políticos foram assassinados na chamada Caravana da Morte, uma das mais emblemáticas passagens de violação dos direitos humanos durante a ditadura Pinochet, que deixou mais de 3.200 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
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