sábado, 13 de outubro de 2018

Haddad visita Cohab em SP e promete construir 500 mil casas por ano

Publicado em 13/10/2018 - 11:54
Por Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil  Brasília
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, disse hoje (13), em visita ao conjunto habitacional Promorar Raposo Tavares, na zona oeste paulistana, que, se for eleito, retomará o Programa Minha Casa, Minha Vida, entregando 500 mil unidades por ano. Ele disse que pretende destinar áreas da União das grandes cidades para a construção das casas.
“Uma das críticas que o programa recebeu é que as casas em geral eram construídas um pouco afastadas dos grandes centros urbanos, onde está o emprego”, declarou em entrevista à imprensa.
Encontro do candidato a presidência da República, Fernando Haddad, com coletivos culturais periféricos, no Conjunto Promorar Raposo Tavares
Encontro do candidato à Presidência da República, Fernando Haddad, com coletivos culturais periféricos, no Conjunto Promorar Raposo Tavares - Rovena Rosa/Agência Brasil
Haddad falou também que pretende priorizar coletivos de cultura da periferia em uma eventual vitória no segundo turno. Ele citou uma iniciativa tomada quando era prefeito de São Paulo, na qual parte do orçamento da Cultura para a produção cultural das periferias foi “carimbada”.
“Hoje você vê aqui em São Paulo a periferia é a que mais produz cultural e nem sempre recebe apoio público, então uma parte do orçamento voltado para produção cultural vai ser destinado para coletivos de periferia, inclusive parte da Lei Rouanet”, prometeu.
Haddad disse ainda que pretende refinanciar os devedores do Programa de Financiamento Estudantil (Fies). “Não dá pra estudante ficar inadimplente. Estudantes não estão conseguindo pagar o Fies por causa do desemprego. Não é porque não querem. Estão se formando e não conseguem emprego. A primeira providencia é criar emprego para quem sai da faculdade”, defendeu.

Autocrítica

Haddad voltou a dizer que pretende reforçar mecanismos de controle interno em órgãos públicos e estatais. “O Ministério [da Educação] que eu comandei por quase 7 anos tinha uma controladoria muito forte, então não tivemos casos de corrupção no ministério, que tinha R$ 100 bilhões de orçamento”, afirmou.
Ele avalia que faltou controle nos órgãos federais. “Diretores ficaram soltos para promover corrupção e se enriquecer pessoalmente”, apontou. Ele disse ainda que considera que erros cometidos por dirigentes do PT devem ser julgados, desde que garantido o direito de ampla defesa, e “se concluir que alguém enriqueceu tem que ir pra cadeia”.
O candidato cobrou também a presença de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) nos debates televisivos. “Eu lamento, porque alguém que queira presidir o país tem que apresentar um projeto para o país. Tem que passar pelo crivo do debate, do contraditório, inclusive para esclarecer o que ele vem dizendo para pleitear a Presidência da República”, declarou.
Edição: Sabrina Craide

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