A UNIÃO FAZ A FORÇA:
Riverton e Aluizio unidos por Macaé
Na tarde desta segunda feira (26) no centro do Rio de Janeiro, o prefeito Riverton Mussi e Aluizio Jr., ambos de Macaé, se abraçaram diante dos reporteres por uma justa causa: o "Veta Dilma".
A cidade Macaé se fez presente com centenas de manifestantes na mobilização
Janete Fernandes trabalha no gabinete da vice-prefeita de Macaé e contou que 20 ônibus foram disponibilizados em favor da manifestação.
- Viemos aqui hoje para lutar pela manutenção dos royalties de Macaé. O município trabalhou muito por isso. É injusto perdermos nossa parcela. Nossa economia ficará muito impactada. Com esse dinheiro, a prefeitura faz investimentos em escolas e hospitais. Fora o impacto ambiental que esses recursos ajudam a minimizar.
Ana Beatriz Colucci, 17 anos, estudante, foi acompanhada dos amigos do Ciep Togo Renan Soares Kanela, em Santa Margarida, pedir que a presidenta Dilma Rousseff pense bem antes de sancionar o projeto, temendo que o país saia perdendo na organização da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016).
- Viemos pedir que a presidenta Dilma Rousseff vete o novo projeto de redistribuição dos royalties porque tira muitos recursos do Rio de Janeiro e pode inviabilizar a realização da Copa e das Olimpíadas, além de impactar na redução dos investimentos em Saúde e Educação – discursou a estudante.
Secretário de Agricultura e Pesca, Eduardo Augusto Alves também deu voz ao manifesto. Com ele, vieram 2 mil pessoas de Campos, divididos em 50 ônibus. Sua preocupação não é apenas com o seu município, e sim com o futuro do Rio de Janeiro.
- Estamos na luta não só pela manutenção dos royalties em Campos, mas em prol de todo o Estado do Rio. A nova divisão, se for aprovada, vai afetar significativamente a economia dos municípios dependentes desses recursos. Estamos aqui para pedir que a presidenta Dilma Rousseff vete esse absurdo, que vai prejudicar todo o Estado. Não vamos desistir dessa luta – declarou o secretário.
Cerca de 200 mil pessoas participam do ato dos royalties, na noite desta segunda-feira (26), no Centro do Rio de Janeiro. O balanço foi divulgado pela Polícia Militar, às 18h. Para reforçar a segurança na Avenida Rio Branco, onde acontece o protesto, a corporação colocou 340 homens na região.
Por volta das 14h30, desta segunda, ônibus com moradores de cidades do interior e da Baixada Fluminense chegavam ao local. Muitos participantes optaram em protestar com bandeiras, faixas e cartazes.
A Avenida Rio Branco foi interditada, no início da tarde desta segunda, no trecho entre as avenidas Presidente Vargas e Presidente Wilson. O trânsito na região era bastante complicado por volta das 13h30, para quem precisava acessar as ruas do Centro da cidade.
No fim da tarde, a atriz Fernanda Montenegro participou da passeata ao lado do prefeito Eduardo Paes e dos governadores Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, e Renato Casagrande, do Espírito Santo.
O deputado e prefeito eleito de Macaé, Aluizio Jr., foi um dos primeiros a chegar no centro do Rio, em comapnhia de vários macaenses. |
A manifestação chamada de "Veta, Dilma" é contra o projeto de lei
2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo. A
estimativa é que se for sancionada, a lei fará com que o estado do Rio
perca, já em 2013, R$3,4 bilhões em receita com royalties e
participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a
estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.
Tumulto e spray de pimenta
Público lota a Av, Rio Branco no ato dos royalties no
Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo)
Rio (Foto: Domingos Peixoto/ Ag. O Globo)
Por volta das 16h30, o governador Sérgio Cabral chegou à passeata,
acompanhado da atriz Fernanda Montenegro, do governador do Espirito
Santo, Renato Casagrande, e do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Assim que
as autoridades chegaram houve um tumulto com um grupo de manifestantes,
que são contrários à demolição do Maracanã e do Museu do Índio, na Zona
Norte.
Os manifestantes quiseram falar com Cabral, mas foram impedidos pela
segurança do governador. Houve confusão e policiais militares usaram
spray de pimenta para dispersar o grupo.
Shows de funk e samba
Ao lado do governador Sergio Cabral e de outros políticos, a cantora Alcione cantou o Hino Nacional, no palco montado em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia.
A artista foi a primeira a se apresentar na manifestação, por volta das
17h50. Segundo os organizadores, o evento terá os shows de Xuxa, dos
funkeiros Naldo, Buchecha, Mc Koringa, além do cantor Belo e dos grupos
Fundo de Quintal, Molejo, Bom gosto e Monobloco.
Xuxa e Buchecha se apresentaram no palco montado no ato dos royalties (Foto: Alexandre Durão/
Manifesto em Defesa do Rio
A cantora Fernanda Abreu subiu ao palco para ler o Manifesto em Defesa do Rio. O texto pede para a presidente Dilma vetar o projeto. O documento afirma que "o projeto que redistribui os royalties viola o pacto federativo e cria uma guerra sem vencedores".
O manifesto destacou que o "Rio atualmente vive um momento singular de
desenvolvimento econômico após décadas de estagnação (...), sem os
recursos dos royalties, projetos importantes ficarão comprometidos", diz
o texto.
Desde o início da tarde, manifestantes com o rosto pintado de azul e branco, as cores da bandeira do Rio de Janeiro, lotam a Avenida Rio Branco. Muitos dos participantes vieram de cidades da Baixada Fluminense e do interior do estado, principalmente de Campos dos Goytacazes, Macaé e Quissamã, cidades que recebem grande parcela dos royalties.
Manifestantes estenderam faixa contra o governador Sérgio Cabral (Foto: Isabela Marinho/ G1)
O trem e o metrô ofereceram bilhetes, entre 13h e 15h, para os
manifestantes. O retorno também será de graça nos trens da SuperVIa, na
estação Central do Brasil, das 20h às 22h.
Manifestantes com o rosto pintado com as cores da bandeira do Rio de
Janeiro circulam na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, onde acontece
na tarde desta segunda-feira (26) a manifestação "Veta, Dilma", contra o
projeto de lei 2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do
petróleo.
Manifestantes tomam o Centro no protesto contra mudança na lei dos royalties (Foto: Alexandre Durão/G1)
O Rio de Janeiro estima que, se for sancionada, a lei fará com que o estado perca, já em 2013, R$ 3,4 bilhões em receita com royalties e participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.
Manifestantes pintaram o rosto com as cores da bandeira do Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Durão/G1)
Cabral, Fernanda Montenegro, Eduardo Paes, Casagrande e outras autoridades e artistas chegam para o ato contra a redistribuição dos royalties (Foto: Alexandre Durão/ G1)
Movimentação começou pela manhã
Manifestantes já se organizavam em frente à Igreja da Candelária, no Centro do Rio, por volta das 10h30. Para garantir a fluidez do trânsito, por volta deste horário foram colocados três ônibus da Guarda Municipal na Candelária
A Prefeitura colocou 185 agentes de trânsito para auxiliar no fluxo dos carros durante a manifestação.
Bandeiras e faixas pedem para a presidente Dilma vetar o projeto dos deputados (Foto: Reprodução/ TV Riverton e Aluizio se abraçam pelo "Veta Dilma" |
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