Petrobras confirma vazamento na Bacia de Campos, no Norte do RJ
Plataforma PPM - 1 (Foto: Petrobras / Divulgação)
A assessoria da Petrobrasdivulgou
na manhã desta segunda-feira (18) informações sobre um vazamento na
área de operação da Plataforma de Pampo (PPM-1), na Bacia de Campos. Um
funcionário da Petrobras, que não quis se identificar, denunciou o vazamento, que segundo ele, acontece desde a última sexta-feira (15).
Outro funcionário da Petrobrás, que também não quis se identificar,
também comentou o caso. Segundo ele, o vazamento no fundo do mar,
dificulta a identificação do local exato. “Quando o vazamento é na
plataforma o problema pode ser solucionado rápido, mas quando é no fundo
do mar é mais difícil porque a gente só percebe quando a mancha aparece
na superfície”, disse o funcionário.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Sindipetro NF, emitiu
uma nota sobre o caso neste domingo (17) e afirmou que a plataforma
interrompeu a produção para verificar a situação do vazamento. Ainda
segundo a nota, o acidente seria de 'pequenas proporções' com o
derramamento de cerca de 30 litros e inicialmente a empresa teria
informado que estancou o vazamento, mas como uma nova mancha foi
encontrada, foi determinada a parada de produção para verificar as
causas e a abrangência do problema.
O Sindicato questiona o fato de a Petrobras não ter conseguido
identificar a origem do vazamento. “Denunciamos, há bastante tempo, as
condições da integridade das plataformas, associadas ao problema de
efetivo. Sem falar que a empresa não detectou de onde está saindo esse
vazamento. Isso é preocupante. E se é um problema intermitente, pode ser
sanado agora, mas dentro de algum tempo pode retornar”, afirmou o
presidente da entidade José Maria Rangel.
De acordo com a Chefe de Fiscalização do Ibama no Rio de Janeiro, Maria
Lea Xavier, a divisão técnica do Rio, bem como a sede do Ibama em
Brasília não recebeu nenhum comunicado oficial da Petrobras.
“Pela
norma, a Petrobras tem obrigação de comunicar a todas as instâncias,
inclusive a coordenação de emergência e a nós aqui no Rio de Janeiro, o
que não aconteceu. Essa falta de comunicação pode acarretar em multa, de
acordo com a legislação”, explicou.
Ainda segundo a chefe de Fiscalização, o volume de material derramado
ainda não foi confirmado oficialmente. “Tomamos conhecimento de que
inicialmente houve o derramamento de 10 litros de água oleosa. Em
seguida, o sindicato informou que 30 litros teriam vazado. Vamos
solicitar um relatório, fazer a avaliação e tomar as medidas
administrativas cabíveis”, disse.
Ainda na tarde desta segunda-feira (18), a Petrobras encaminhou uma nota oficial ao G1
sobre o caso, confirmando que houve vazamento de 40 litros no fim de
semana e que, por isso, houve uma parada na produção como medida de
precaução. A nota afirma que na segunda (18) não foi observada mais
nenhuma mancha de óleo no mar, que a produção da Plataforma de Pampo foi
restabelecida e a causa do problema está sendo analisada.
Segue resposta oficial da Petrobras na íntegra:
A Petrobras informa que foi detectada mancha de óleo próxima à
Plataforma de Pampo, na Bacia de Campos, a 113 Km da costa do Rio de
Janeiro, cujo volume estimado de óleo foi de 30 litros no sábado, dia 16
de fevereiro e de outros 10 litros no domingo, dia 17.
Conforme padrão operacional para esse tipo de ocorrência, a
Petrobras deslocou embarcações especializadas em combate à poluição e em
inspeção submarina, além de aeronaves para sobrevoar o local. Acionou,
também, o Plano de Emergência Individual de Pampo e o Plano de
Emergência para vazamento de óleo da Bacia de Campos. Como medida de
precaução, a companhia interrompeu temporariamente a produção da
Plataforma de Pampo. A mancha de óleo foi dispersada mecanicamente pelas
embarcações especializadas, sem a necessidade de qualquer outro método
de combate à poluição.
Hoje, dia 18, não foi observada mais nenhuma mancha de óleo no mar e
a produção da Plataforma de Pampo foi restabelecida. A causa do
vazamento está sendo analisada e as autoridades competentes foram
comunicadas.
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