terça-feira, 29 de dezembro de 2015


No dia 27 de dezembro de 2010 o Memória Macaense entrava no ar via Facebook com o objetivo de valorizar a rica história de um dos municípios mais importantes do estado do Rio de Janeiro, e do Brasil: Macaé. O projeto é assinado pelo macaense Rúben Pereira, músico, poeta, memorialista e pesquisador da história local, descendente de família ancestral originária do núcleo formador do território fluminense.
As raízes do projeto memória macaense vem de cinco gerações. O tetravô de Rúben Pereira, José Carneiro da Silva, publicou diversos estudos e notícias sobre a região, ainda no século XVIII; seu tataravô, Pedro Paulo de Almeida Pereira, foi deputado provincial e advogado; seu bisavô, João de Almeida Pereira, conselheiro de D. Pedro II, foi destacado apoiador da construção do canal Campos-Macaé, e também teve livros publicados; seu avô, Ruben de Almeida Pereira, poeta e primeiro bibliotecário de Macaé era profundo conhecedor da história local e regional, e seu pai, Rubem Gonzaga Almeida Pereira, foi fundador da Academia Macaense de Letras, vereador macaense nos anos 1980 e até hoje estudioso da história local.
Nestes cinco anos o Observatório da Memória Macaense foi o repositório de toda dinâmica construtiva da memória atual e passada dos macaenses. Da função inicial, que era divulgar a memória da cidade de Macaé na internet, o projeto acabou tomando outras dimensões, fora da rede, e o Observatório (OMM) se envolveu em importantes mobilizações locais no que tange a preservação, entre outros, do patrimônio cultural, arquitetônico e ambiental da cidade, tais como: a luta pela não destruição da muralha e das amendoeiras da Imbetiba; a divulgação dos 150 anos da tragédia do Vapor Hermes; o prêmio literário, em parceria com a E-ditora, que gerou o livro 'Antologia de Poetas Macaenses';
A campanha de publicação do livro 'Observatório da Memória Macaense', feita este ano, em parceria com a E-ditora, teve grande envolvimento de toda rede do OMM. O livro, lançado em julho de 2015, é o maior sucesso de vendas da e-ditora até hoje. Na obra literária, os autores, a jornalista Leonor Pelliccione Bianchi (Ideia original) e o pesquisador Rúben Pereira (Idealizador do OMM Observatório da Memória Macaense), organizam a memória de centenas de seguidores da rede, que comentaram, curtiram e compartilharam suas memórias em postagens as mais diversas, publicadas no Memória Macaense.
Neste fim de ano, outro livro inspirado no Observatório da Memória Macaense foi publicado: Notícias da antiga Macahé de autoria da jornalista Leonor Pelliccione Bianchi.
O envolvimento dos seguidores da rede do OMM foi tamanho durante este período inicial de cinco anos, que muitos recorreram ao observatório para o resguardo de seus acervos pessoais e familiares. Cartazes, fotos, placas, objetos pessoais, livros, textos, documentos... um material de enorme valor para a história de Macaé.
O desafio para o próximo ano é organizar toda esta memória numa plataforma digital e produzir uma revista sobre a memória macaense. Muitas pesquisas estão florescendo e novos livros virão por aí.
"O Observatório da Memória Macaense tem inspirado muitas ações semelhantes em cidades de todo Brasil, na internet. Somos precursores na grande rede em falarmos de memória local envolvendo os usuários do Facebook. Cidadania com sentido de pertencimento. E ainda há diversas mobilizações necessárias para a história cultural de Macaé, precisamos de mecanismos eficazes para preservar nossa memória" finaliza o criador do memória macaense Rúben Pereira.

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