quarta-feira, 28 de setembro de 2016

INFRAESTRUTURA

Minha Casa Minha Vida entregou 2,4 milhões de moradias

Casa própria

Em seis anos, programa recebeu investimento de R$ 270 bilhões em subsídios do governo federal
por Portal BrasilPublicado10/09/2015 17h27Última modificação10/09/2015 18h08
O Programa Minha Casa Minha Vida completa seis anos e meio em setembro com a marca de mais de 2,4 milhões de unidades habitacionais entregues, desde março de 2009, quando foi apresentado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A construção de moradias populares atingiu a marca de R$ 270 bilhões em investimentos que transformaram a realidade de mais de 9,2 milhões de pessoas.
O programa mudou a vida de pessoas como a auxiliar de cozinha Vanessa de Souza, de 24 anos. Ela é uma dos beneficiários de Campina Grande (PB), onde 1.948 unidades habitacionais foram entregues pela presidenta Dilma Rousseff na última sexta-feira (4). Vanessa espera, agora, apenas as chaves para mudar. “Na hora que me entregarem eu estou indo porque não quero perder nenhum minuto sem estar dentro dela”, diz.
Com rendimento mensal de R$ 300, a auxiliar de cozinha integra a principal faixa de renda do Minha Casa Minha Vida, que beneficia famílias com ganho bruto de até R$ 1,6 mil por mês. O MCMV contratou a construção de 1,7 milhão de unidades nessa faixa de renda desde 2009, tendo entregado 778.651 das 958,7 mil já construídas.
Já na Faixa 2, aquela que atende a famílias com renda mensal bruta de até R$ 3,2 mil, o número de unidades entregues soma 1,3 milhão de um total de mais de 1,4 milhão construídas. Nessa faixa de renda, os recursos financiados diretamente pela União somam R$ 27,4 bilhões e o que foi investido por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) atingiu R$ 149,4 bilhões.
Na Faixa 3, que abarca a renda entre R$ 3,2 mil e R$ 5 mil em ganho bruto por mês por família, foram entregues 192.530 unidades habitacionais de 299,2 mil concluídas. A União subsidiou com recursos próprios R$ 797,6 milhões. Outros R$ 2,7 bilhões foram financiados pelo FGTS.
Inovações
Além do acesso de milhares de famílias pobres à casa própria, os projetos habitacionais do Minha Casa Minha Vida patrocinaram inovações no setor. Bons exemplos são os residenciais Jardim Beija-Flor e Jardim Canário, construídos no ano passado no Complexo do Alemão, na cidade do Rio de Janeiro. As 200 unidades desses empreendimentos foram construídas com madeira certificada, fiação subterrânea para evitar riscos elétricos e materiais sustentáveis nas esquadrias das janelas.
A aposentada Nadir Pereira dos Santos, de 76 anos, comemorou a casa nova recordando que as enchentes da região não serão mais um problema para sua família. “Perdi muita coisa com os alagamentos. Aqui (na casa nova) sei que não vai encher. É vida nova”, disse.
Já no Residencial Nova Catanduva I, inaugurado na cidade do interior paulista no final de agosto, a inovação foram os equipamentos comunitários. Além da infraestrutura básica instalada para atender as 1.237 casas do condomínio (drenagem, pavimentação, iluminação pública, esgotamento sanitário), o projeto foi entregue com creche, escola, Unidade de Saúde da Família e posto policial.
A creche terá capacidade inicial para 151 crianças e a escola de educação infantil, 115 vagas. Já a unidade básica de saúde pode atender até 6 mil pessoas. Para isso, contará com equipe básica, além de dentista, farmacêutico, nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta. As melhorias servirão de modelo para as iniciativas da terceira fase do MCMV.
A chegada da creche foi comemorada por Maria Glandisvânia Marinho de Jesus, uma das beneficiárias do Nova Catanduva I. Ela disse que pretende colocar a filha nova na creche, enquanto faz planos para sim própria. “Acho que até eu vou voltar a estudar”, afirmou.

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