domingo, 27 de novembro de 2016

Diminuiremos nossa alavancagem pela metade em dois anos

24.Nov.2016
funcionario.jpgUma das duas métricas principais estabelecidas no nosso Plano de Negócios (PNG) 2017-2021, a antecipação em dois anos da redução do nosso nível de alavancagem (relação entre dívida e geração de caixa) para a metade do atual – a outra é a redução em 36% da Taxa de Acidentados Registráveis (TAR) por milhão de homens-hora em nossas operações –, será alcançada com importantes ações de gestão e planejamento: otimização dos investimentos, redução de gastos operacionais, desinvestimentos e parcerias. A redução da alavancagem compõe a primeira etapa do nosso Plano de Negócios e visa trazer, ao final dos dois primeiros anos, uma melhora na nossa classificação de risco e a consequente redução nos juros que pagamos em novos empréstimos.

Para se ter uma ideia, gastamos US$ 6,3 bilhões de juros em 2015, mais de três vezes o valor destinado ao mesmo fim em 2009 (US$ 1,7 bilhão). Nos nove meses encerrados em setembro, registramos gastos de US$ 5,3 bilhões com juros. Nossa taxa de alavancagem chegou a 5,3 em 2015 e a meta, ousada mas necessária, é reduzi-la para 2,5 até 2018.  Fechamos o terceiro trimestre deste ano com uma taxa de 4,07. São os primeiros passos para arrumarmos as finanças e, a partir daí, nos prepararmos para investir no nosso crescimento de forma sustentável.

Para chegar lá, seremos mais seletivos no uso do capital. A redução de investimentos programada para o período é de US$ 24,3 bilhões, de US$ 98,4 bilhões para US$ 74,1 bilhões, ou 25% a menos do que estava programado no plano anterior. Essa ação será reflexo direto de uma maior racionalidade nas decisões de investimento. Vamos priorizar os aportes que tragam maior rentabilidade e geração de caixa no curto prazo, sem abrir mão dos projetos mais rentáveis com prazo de maturação maior.

A otimização dos investimentos também será possível graças à conclusão de parcerias e a desinvestimentos. Passaremos a contar com mais parceiros para compartilhar os investimentos necessários ao desenvolvimento da cadeia de petróleo no país e dividir, da mesma maneira, o risco desses negócios, além de aportarem conhecimentos técnicos e nos auxiliarem em nossas atividades. O montante previsto para os desinvestimentos e parcerias é de US$ 19,5 bilhões nos anos de 2017 e 2018. Estimamos, ainda, que elas vão viabilizar investimentos de US$ 40 bilhões no país nos próximos dez anos.

O nosso plano estratégico prevê que sairemos das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás de cozinha), produção de fertilizantes e de participações em petroquímicas.

Redução nos gastos operacionais será de US$ 27 bilhões
Se os desinvestimentos e parcerias são parte importante do plano, a gestão de custos também será de grande relevância. Reduziremos em 18% nossos gastos operacionais gerenciáveis  - ou US$ 27 bilhões - frente ao inicialmente estimado, de US$ 153 bilhões para US$ 126 bilhões. No terceiro trimestre deste ano registramos uma redução de 21% nos gastos operacionais gerenciáveis em relação a igual período do ano passado.
Dig37292- P52.jpgA área de Exploração e Produção, que concentra 53% desses gastos, terá papel importante nessa economia.Estimamos que nosso custo de extração médio deve ficar abaixo de US$ 10 por cada barril de óleo equivalente (boe) – medida que inclui óleo e gás - de 2017 a 2021, uma queda de 34% em relação a 2014, quando ficou em US$ 14,6/boe. Alcançaremos esse resultado sobretudo com o aumento da participação do pré-sal na carteira da Petrobras, que, devido à excelente produtividade dos campos, apresenta um custo de extração menor. Vamos também iniciar uma nova rodada de renegociação de contratos com fornecedores e otimizar a gestão da frota de sondas visando reduzir custos.

O refino também dará uma grande contribuição para alcançarmos as metas traçadas. A projeção do novo PNG é de uma redução nos custos dessa atividade, de aproximadamente 40%, de 2017 a 2021 em comparação a 2014. Para isso, nosso plano para o segmento apoia-se na integração das atividades das refinarias, na otimização do uso de recursos de apoio, do consumo de energia, de catalisadores e químicos, além da melhoria na gestão dos gastos com manutenção. Aliado a isso, manteremos a paridade com os preços internacionais do petróleo, com consequente aumento das margens de lucro da atividade e geração de valor para a companhia.
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