Campanha da Prefeitura alerta sobre o perigo de alimentar animais do Bosque
Da Redação - Agência Belém de Notícias - 24/03/2017 12:19
Quem passa diariamente pelo Bosque Rodrigues Alves testemunha uma prática recorrente. “Sempre tem alguém tentando dar um pedacinho de banana, maçã e até mesmo pipoca para os macacos que descem pelas grades”, diz o social mídia Faber Teixeira, 28. Todas as manhãs ele caminha no entorno do Bosque e presencia esse tipo de cena, que embora pareça inofensiva é prejudicial para a saúde dos animais.
Nesta sexta-feira, 24, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) promoveu uma campanha de conscientização para orientar pedestres e visitantes do Bosque para não alimentar os animais que circulam pelos muros e grades do espaço. A ação é parte da programação que celebra, esta semana, o Dia Mundial da Floresta e o Dia Mundial da Água.
Participaram da ação alunos da Escola Estadual Jarbas Passarinho, localizada perto no Bosque. Os alunos expuseram cartazes e deram orientações aos pedestres.
“A Prefeitura sempre esteve preocupada com os assuntos relacionados ao meio ambiente e esta semana foi muito importante para fazermos esta junção dos temas, para conscientizar as pessoas quanto à preservação destes animais. Sabemos que muitas pessoas agem por entusiasmo e acabam dando, além de frutas, pipocas, biscoitos e até doces para eles, mas isso não é adequado. Então, nossa intenção é preservar estes animais para que os próprios visitantes do Bosque continuem contemplando essa convivência harmônica”, explicou o titular da Semma, Fabrício Dias.
Os animais que vivem no Bosque são bem alimentados não somente por equipes de veterinários e biólogos, mas no próprio ambiente, que possui árvores frutíferas e espécies da cadeia alimentar dos animais, diz a veterinária Ellen Eguchi.
Alimentar inadequadamente os animais pode desmotivá-los a comer o próprio alimento. E alguns acabam saindo do Bosque, atraídos pela oferta de comida, correndo risco de morte. “Não existe uma exceção. Todos os animais silvestres podem ser prejudicados se forem alimentados de forma errada. Rotineiramente temos saído para resgatar esses animais que fogem para se alimentar. Precisamos combater este ciclo vicioso das pessoas com os bichos”, enfatizou Ellen.
Consciência - O vendedor ambulante Davi Monteiro, que trabalha na área externa do Bosque, afirma que desenvolveu uma técnica para fazer os macacos voltarem para dentro do parque. “Eles se sentem atraídos porque as pessoas param para consumir os salgados aqui. E eles sempre pedem. Eu preciso ficar batendo palmas para espantá-los daqui, e ainda ameaço os clientes dizendo que, se derem algum alimento, eu vou ser multado”, disse.
Nem sempre os visitantes têm a iniciativa de dar alimento para os animais. Muitos são atraídos pelo cheiro das comidas. Isso acontece com frequência, diz a vendedora de lanches Maria Benedita Pantoja. “Se a gente se descuidar de um lanche em cima do balcão esses danados roubam. A nossa missão é ficar atentos e sempre mostrar as plaquinhas do Bosque para os clientes”, alertou.
Texto: Karla Pereira
Foto: Tássia Barros - Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
Foto: Tássia Barros - Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)
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