Comunhão de religiões marca abertura oficial das comemorações pelos 182 anos de Campos
A comunhão entre as religiões e o respeito às diferentes crenças e povos marcaram a abertura oficial das comemorações pelos 182 anos da elevação de vila à categoria de cidade de Campos. A programação nesta terça-feira, 28 de março, teve início com o hasteamento das bandeiras ao som do Hino Nacional, executado pela banda da Guarda Civil Municipal, no pátio da prefeitura.
Após o hasteamento das bandeiras o prefeito Rafael Diniz, a vice-prefeita Conceição SantAnna, secretários, superintendentes, servidores e vereadores participaram de um culto ecumênico. A celebração reuniu em um só palco líderes de diversas religiões, mostrando ao público a importância do respeito à crença de cada cidadão. Participaram: o Monsenhor Leandro Diniz, da Basílica Menor do Santíssimo Salvador; pastor da igreja Batista, Éber Silva; pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, Vanderli de Melo; ministro religioso e pai de Santo, Paulo Roberto de Miranda; e o palestrante espírita, Jorge Lemos.
— É uma imensa satisfação neste momento tão especial de celebração dos 182 anos da nossa cidade, receber líderes de diversas religiões. O prefeito, os vereadores podem ter as suas religiões, mas o Estado tem que entender que todos têm o direito de ser livres e fazer suas escolhas. Na crença de cada um de nós Deus é um só e Ele nos pede uma única coisa: que sejamos bons para o próximo. Esse encontro ecumênico do aniversário da nossa cidade deve representar um somatório de forças, de união na reconstrução de Campos — disse o prefeito.
Rafael pontuou ainda, que sabe dos anseios da população quanto a melhorias nas áreas da saúde, da educação, da mobilidade urbana e do transporte. — Trinta, vinte, dez anos de problemas não são resolvidos em alguns dias, mas o que podemos fazer é começar desde já. É isso que estamos fazendo desde o dia 1º de janeiro. Trabalhamos com afinco, com disposição, entendendo que temos que ter paciência, tranquilidade, sabedoria e equilíbrio, porque a dificuldade financeira é muito grande. Queria eu que a nossa gestão tivesse a abundância de recursos que houve lá atrás, mas infelizmente não temos — ressalta Diniz.
O prefeito ressaltou ainda que os 182 anos do município refletem o quadro do que foi feito pela cidade e o que todos querem para Campos.
— Sabemos que o Brasil vive atualmente a necessidade de uma mudança, de transformação. O cidadão brasileiro e também o campista anseiam por essa transformação e quem vive o dia a dia desta administração sabe o quanto nós estamos trabalhando para a realização dessa mudança. Quem pensa no futuro não pode esquecer de sua história. Temos que olhar para frente, mas é necessário olhar para trás para perceber os erros cometidos e procurar também os bons exemplos que fizeram Campos chegar até este momento. Muitas pessoas já realizaram para que hoje pudéssemos estar aqui — enfatizou Rafael Diniz.
Líderes religiosos parabenizam Campos
Durante o culto ecumênico, os líderes religiosos representantes do Catolicismo, Evangélicos, Umbanda e do Espiritismo parabenizaram Campos pelos 182 anos e fizeram questão de parabenizar também o prefeito Rafael Diniz por reunir todas as religiões em respeito às crenças da população.
“Uma das coisas que devemos fazer para que a nossa cidade cresça cada vez mais é dialogar. O diálogo é algo essencial para nossa vida como seres humanos”, disse o Monsenhor Leandro Diniz.
“Estou verdadeiramente feliz por participar deste momento porque Deus é um só. Precisamos todos andar juntos”, ressaltou o pastor Éber Silva.
“A partir do momento que a pessoa desperta a sua fé para ouvir a voz de Deus, uma nova vida começa a reinar. A palavra de Deus é uma só e é a ela que devemos seguir”, pontuou o pastor Vanderli de Melo.
“Jamais um umbandista e um representante do candomblé teria a oportunidade de subir em um palco para falar sobre sua religião junto a outros líderes. Esse momento é único porque religião é o que escolhemos e fé é o que temos”, enfatizou o ministro religioso e pai de santo Paulo Roberto de Miranda.
“Religiões são línguas para falar com Deus. Cada um se expressa da maneira que entende e necessita. Só se vê bem com o coração e é por ele que devemos nos guiar”, concluiu o palestrante espírita Jorge Lemos.
Por: Daniela Nascimento - Foto: Luiz Macapá - 28/03/2017 11:11:41
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