EDUCAÇÃO
Escolas de tempo integral somam mais de seis mil vagas na rede municipal
21/02/2018 16:41
Ter a opção de deixar os filhos em escolas de tempo integral durante o horário de trabalho tem trazido tranquilidade para muitas mães em Belém. Na Rede Municipal de Ensino, das 161 unidades que atendem a educação infantil na capital, 55 funcionam em regime integral. Em 2013, a rede contava com 35 escolas de horário integral, beneficiando 4.617 alunos, na época. Com a expansão da rede, o número subiu para 6.468 estudantes beneficiados, um acréscimo de 40% no número de matrículas.
Para o secretário municipal de Educação, Marcelo Mazzoli, o ensino integral assegura um maior aproveitamento dos estudantes enquanto estão na escola. “Envolve uma educação que abrange propostas pedagógicas diferenciadas, um maior leque de possibilidades de conhecimento, novas metodologias de aprendizagem, que dão aos alunos um ensino continuado, inclusive preparando-os para a alfabetização; e também dão a eles a condição de vivenciar um lazer orientado, mas com grande compromisso de educação, fortalecendo o potencial e a capacidade de cada uma dessas crianças”, observa Mazzoli.
Para o secretário municipal de Educação, Marcelo Mazzoli, o ensino integral assegura um maior aproveitamento dos estudantes enquanto estão na escola. “Envolve uma educação que abrange propostas pedagógicas diferenciadas, um maior leque de possibilidades de conhecimento, novas metodologias de aprendizagem, que dão aos alunos um ensino continuado, inclusive preparando-os para a alfabetização; e também dão a eles a condição de vivenciar um lazer orientado, mas com grande compromisso de educação, fortalecendo o potencial e a capacidade de cada uma dessas crianças”, observa Mazzoli.
Nas unidades integrais as crianças entram às 7h30 e saem às 17 horas. Neste período, além do ensino regular, educadores especializados desenvolvem atividades e projetos socioeducativos que têm repercutido positivamente no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças, que recebem também cinco refeições diárias na escola (café da manhã, lanche, almoço, merenda da tarde e jantar).
As escolas são planejadas com amplo espaço para o ensino e lazer, com salas climatizadas, brinquedoteca, playground, salas de leitura, banheiros adaptados, cozinha, refeitório e dormitório, atendendo aos padrões de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
As escolas são planejadas com amplo espaço para o ensino e lazer, com salas climatizadas, brinquedoteca, playground, salas de leitura, banheiros adaptados, cozinha, refeitório e dormitório, atendendo aos padrões de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
Os espaços da Rede Municipal que funcionam em regime integral de ensino e foram inaugurados de 2017 até agora, foram a EMEI Erê, no bairro do Barreiro, com 136 vagas; a EMEI Elvira Sacramento Quadros, no bairro do Tapanã; e a EMEI Gilvânia Barros, no Bengui, ambas com disponibilidade de mais de 200 vagas; além da EMEI Prof.ª Cleonice Oliveira Conceição, no bairro do Tapanã, com capacidade para atender 112 alunos; a UEI Pratinha com mais 130 vagas e ainda a EMEI Profª Rosenil Cordeiro da Silva, no Jurunas, com a oferta de 234 novas vagas para educação infantil.
Maior integração entre escola e família
Primeira escola de tempo integral do bairro Parque Guajará, a EMEI Renata Sales foi uma conquista muito esperada pela comunidade. Inaugurada em 2016, possibilitou que 112 crianças pudessem estar na escola enquanto seus pais trabalham. A diretora da escola, Adriana Roberto, destaca que “o regime integral faz com que haja uma participação mais constante na vida do aluno, integrando ainda mais a família à nossa escola. Nada melhor do que poder deixar os filhos em um local que atende todos os pré-requisitos físico, social e afetivo, onde eles estão aprendendo com qualidade”.
A doceira Isabela Nascimento, de 24 anos, é mãe de Isabeli, 5 anos, e de Paula Vitória, de 3 anos. Hoje, somente a mais nova estuda na Escola Renata Sales, mas a mãe lembra que “Isabeli gostava tanto de lá que, algumas vezes, acordava no sábado e dizia que queria ir para a escola, mas como não tinha aula, vestia o uniforme e ia brincar de estudar”.
Isabela destaca o importante avanço no desenvolvimento das filhas depois que passaram a frequentar a EMEI. “Percebo que ajudou muito na independência delas. Querem escolher as próprias roupas, se arrumar e escovar os dentes sozinhas, e falam que aprenderam com a professora na escola. Eles se preocupam com o aluno, cuidam muito bem e são sempre presentes”.
A entrega da EMEI Gilvânia Barros, em setembro de 2017, à comunidade do bairro do Benguí trouxe grande significado para a vida da Ieda Bruna Vieira, de 22 anos. Seus filhos estão matriculados na escola, mas ela lembra que antes a realidade era bem difícil.“Luto como muita dificuldade para dar o melhor aos meus filhos, mas tinha ficado desempregada e não conseguia trabalho porque não tinha com quem deixar as crianças. Agora tendo a escola pra deixar meus filhos o dia todo eu pude voltar a trabalhar e as coisas estão melhorando pra nossa família”, acredita Ieda.
Para a professora Jeane Silva, de 32 anos, que ensina pequeninos de três anos de idade na Escola Gilvânia Barros, a escola trouxe novo ânimo para ela como pedagoga e também para toda a comunidade. “É uma realização poder contribuir para a educação destas crianças. Elas passam a maior parte do tempo na escola, então precisam e merecem um ambiente acolhedor para aprenderem. Nosso trabalho aqui é desenvolvido lado a lado com as famílias e é possível ver o quanto isso renovou a alegria em todos da comunidade”, destaca a professora.
Por Lilianne Villacorta
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