sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

“Foi muito importante tudo que vivi no Grêmio”, relata Bobô


Surgido nas categorias de Base do Corinthians, Bobô subiu para o profissional do time paulista, onde ganhou um brasileirão. Indo para a fora do país. Passou pela Turquia e retornou ao Brasil para atuar no Cruzeiro. Em 2015 o atleta foi contratado pelo Grêmio, onde atuou por apenas uma temporada.
Neste bate-papo com o Conexão Grenal o centroavante, atualmente no futebol australiano, fala com carinho de sua passagem pelo tricolor gaúcho e comenta sobre a sua trajetória no futebol.
Foto: Jaime Castaneda/ SydneyFC
Leia a entrevista com Bobô
Tu é Pernambucano, mas iniciou tua carreira na cidade de São Paulo pelo Corinthians. Como surgiu essa oportunidade de ir fazer teste no Corinthians e como foi tua experiência na base do timão?
Eu sou Pernambucano, mas foi criado na Paraíba, em João Pessoa. Eu comecei a jogar lá, no CSP e esse foi com o sub-15 para um torneio em Votorantim, no Interior de São Paulo, perto de Sorocaba, e a gente foi muito bem. Fui um dos artilheiros do campeonato e recebi o convite do treinador para ir para o Corinthians, ficando seis anos lá . Foi uma experiência muito boa, fomos bicampeões da Copa SP e ganhamos o campeonato paulista Juvenil, ganhamos o infantil também. Tive uma experiência muito boa e muitos amigos que levo até hoje.
Pelo Corinthians aliás tu foste campeão brasileiro de 2005, com uma das maiores equipes que o Corinthians já teve. Te lembra como foi esse ano no clube?
Assim que a gente ganhou a Copa SP, iríamos subir para o profissional em 2005. Nós fomos campeões brasileiros e consegui ajudar o time em alguns jogos, fazendo alguns gols. Então foi uma experiência muito boa para mim. Realmente tinha um time muito bom, o ataque era o Tevez e o Nilmar Ficava eu e o Jô no banco. Naquele ano a gente jogou em alguns jogos e marcou alguns gols foi um ano de muita experiência para mim. No final a gente conseguiu ser campeão brasileiro e está no currículo para sempre.
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No ano seguinte a conquista do brasileiro, tu foste vendido para o Besiktas da Turquia. Pelo clube turco tu te tornou o maior artilheiro estrangeiro da história do clube. Quando tu escolheu ir defender o clube imaginou que seria uma experiência tão positiva?
No ano seguinte que a gente foi campeão brasileiro, em 2006 eu fui emprestado para a Turquia. Nos primeiros seis meses eu consegui ganhar a Copa da Turquia e fazer gols importantes para o clube. No final do empréstimo eu voltei para o Corinthians mas nem cheguei a treinar, porque eu fui comprado pelo Besiktas e em seguida assinei um contrato longo, mas eu não imaginava que seria uma experiência tão positiva na minha carreira. Foram cinco anos e meio e consegui entrar para a história do clube como o maior artilheiro estrangeiro da história. Isso está até lá hoje e ninguém conseguiu chegar nem perto. Então foi uma experiência muito boa na minha carreira.
Foto: Divulgação/ Sydney FC
Tu passou por dois clubes turcos. Tem algum clube que te lembra com mais carinho?
Eu acho que dos dois clubes que eu passei na Turquia, o Besiktas e o Kayserispor. O Besiktas marcou mais pelos títulos que eu conquistei lá. É um clube muito grande na Turquia, um dos maiores.
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Tu voltou para o Brasil e não teve muitas chances no Cruzeiro. O que aconteceu para não ter uma continuidade maior no clube mineiro?
Quando eu sai do Besiktas e voltei para o Brasil, para o Cruzeiro  era quase setembro. Tive que fazer uma pré-temporada no meio do campeonato brasileiro, que já estava rolando e tive que me adaptar. O Cruzeiro na época tinha muitos jogadores machucados e eu acabei estreando antes, sem estar preparado fisicamente. Acabei tendo uma lesão que me atrapalhou bastante, uma lesão de adutor, na musculatura e acabei ficando dois meses sem jogar. Quando eu voltei já estava no final do brasileiro e o Cruzeiro não estava tão bem naquele ano e acabei não tendo muitos oportunidades pela lesão e ter estreado antes da hora
Foto: Divulgação/ Sydney FC
Tu voltou para a Turquia, mas logo depois foi contratado pelo Grêmio. Como foi que surgiu essa oportunidade de jogar pelo clube gaúcho?
No Grêmio foi muito boa. Fiz bastante gols. Tive um aprendizado muito grande e guardo muitos amigos da época quando eu estava em Porto Alegre, um clube que me acolheu muito bem, quando se fala de Grêmio e quando se fala de Corinthians, são dois clubes que tenho um carinho muito grande.
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Como que tu avalia a tua passagem pelo tricolor?
Minha passagem pelo Grêmio para mim foi muito importante pelo aprendizado e por tudo que vivi no clube. Um clube de muita estrutura, uma tradição muito grande, não é à toa que foi campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.
Atualmente tu está jogando na Austrália. O Sydney FC já contou com craques como Del Piero e Juninho Paulista. Como está sendo essa passagem pelo clube?
Eu agora estou no Sydney FC. Está sendo uma experiência muito boa, fomos campeões da Copa da Austrália esse ano. Ano passado ganhamos a Liga e esse ano novamente campeão da Copa. Estamos em primeiro na liga. Eu consegui marcar 18 gols em 18 jogos, pelo Sydney, marquei oito gols na Copa. Fui o artilheiro da Copa e estou sendo artilheiro do campeonato. Está sendo uma passagem marcante e espero continuar assim  e ganhar esse titulo que ninguém nunca na história , ser bicampeão australiano. A gente está correndo atrás disso ai.
Já recebeu oferta de voltar para o Brasil?
Começaram alguns contatos no Brasil, mas como eu tenho contrato aqui até o final de maio estou pensando só aqui e vamos ver o que vai acontecer no final da temporada. No final de maio a gente vai sentar e analisar as propostas que estão aparecendo para mim.
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Durante a tua carreira, teve algum jogador que tu era muito fã que foi teu companheiro de time ou adversário? E como foi tua reação?
Na minha carreira quando eu estava no Corinthians, assistia muito jogo do profissional, quando o Ricardinho jogava e admirava muito o futebol dele. Depois tive a felicidade de jogar com ele lá na Turquia, dois anos, foi muito bom. Eu tinha até foto com ele. Isso na época que eu estava na base do Corinthians e ele no profissional. Eu acho que tinha 15 ou 16 anos na época e quando a gente se reencontrou e jogamos na Turquia, eu mostrei para ele. Foi uma situação muito engraçada, por que futebol te proporciona essas coisas. O cara que para você é ídolo, acaba passando o tempo e você acaba jogando com ele. Foi uma época muito boa, ele é um cara que eu admiro bastante.

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