sábado, 20 de fevereiro de 2016

Artista plástico alemão expõe na Casa de Cultura

Foto: Divulgação
Nicolas afirma ter a humanidade como sua principal fonte de inspiração
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Autodidata, Nicolas expõe telas produzidas nos últimos dois anos
Cores e formas intensas marcam as obras do artista plástico alemão Nicolas Petri, de 34 anos, que expõe até o dia 28 deste mês na Casa de Cultura Bento Costa Júnior, em Rio das Ostras. Autodidata, o pintor e tatuador saiu do país natal aos 16 anos e morou em outras nações europeias e na África, antes de chegar ao Brasil. A mostra “Voyer”, que reúne obras que mesclam tinta óleo, acrílica, jet e aquarela, entre outras, tem entrada franca. 

Filho único de uma professora, Nicolas, que perdeu o pai 11 dias antes de nascer, aprendeu com a mãe a amar todas as expressões artísticas. “A minha mais influente guia cultural foi sempre minha mãe que, desde cedo, me fez confrontar com todos os tipos de artes, desde teatro, literatura até música. Meus primeiros desenhos e pinturas com aquarelas foram feitos com a supervisão da minha mãe, em casa, quando eu tinha 4 anos. Nunca mais perdi este hábito”, recorda ele. 

Todos os quadros da exposição foram produzidos nos dois últimos anos em Barra de São João, onde Nicolas reside atualmente, entre viagens para o Peru, Índia e Europa. “Foi um período de muita vida em todas as suas manifestações, muitas lutas, amores, perdas e nunca foi tão importante criar para não enlouquecer ou desistir”, conta. 

O artista, que já trabalhou como barman, pescador, malabarista e artesão, afirma ter a humanidade como sua principal fonte de inspiração. “É possível encontrar muita beleza no sofrimento, na perseverança, no lixão e pelos becos sujos das grandes metrópoles”, enfatiza. 

“Não importa a superfície a ser pintada: muro, tela, madeira, pele. O importante é continuar criando, gritar a alma e cuspir o coração para fora. Costumo dizer que podem tirar tudo de mim, desde que me deixem uns lápis e tintas”, diz o artista. 

Para Nicolas, arte é tudo que se faz com paixão, devoção e honestidade. “Não é opção para o criador, mas sim uma necessidade de expressão, exorcismo, comunicação, transgressão e inovação da própria psique”, conclui Nicolas que elege Klimt, Modigliani, Picasso, Max Ernst, Toulouse e Caravaggio entre seus pintores preferidos. 

SERVIÇO 

Exposição “Voyer” – Obras de Nicolas Petri 
Casa de Cultura Bento Costa Júnior 
Rua Bento Costa Júnior, 70 – Centro 
Visitação de quarta a domingo, das 13h às 17h 
Até 28 de fevereiro 
Entrada franca

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