sábado, 27 de fevereiro de 2016

Posted: 26 Feb 2016 02:04 PM PST
Foi discutido durante a visita a cooperação dos dois países em temas como economia, comércio, infraestrutura, ciência e tecnologia, energia e defesa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Foi discutido durante a visita a cooperação dos dois países em temas como economia, comércio, infraestrutura, ciência e tecnologia, energia e defesa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Viagens internacionaisDurante brinde no almoço oferecido pela presidenta do Chile, Michelle Bachelet, nesta sexta-feira (26), em Santiago, a presidenta Dilma Rousseff elogiou a chefe de Estado chilena pela sua atuação para aproximar o Mercosul da Aliança do Pacífico, bloco comercial que, além de Chile, reúne países como Colômbia, México, Peru e Costa Rica.
“Nós somos uma grande região. Unidos, nós temos mais de 600 milhões de consumidores. Isso é o que fará e que dará a sustentação para que os acordos de cooperação possam se expandir e se desenvolver”.
A presidenta destacou também a importância dos corredores bioceânicos, que atravessarão o continente sul-americano no sentido leste-oeste, a partir do Porto de Santos, chegando aos portos chilenos de Arica e Iquique.
“Será uma alternativa logística de curta distância em relação aos demais e, ao mesmo tempo, interliga Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, formando um grande percurso para as nossas exportações para os mercados asiáticos e também intra-regionais”.
Acordo de Investimentos
Em seu brinde, Dilma informou que vai enviar ao Congresso Nacional o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos entre Brasil e Chile, assinado em novembro do ano passado. O acordo visa promover o investimento mútuo e criar mecanismos de prevenção de conflitos.
“Acordo sobre compras governamentais, acordo sobre serviços. Enfim, todos os acordos possíveis para facilitar as nossas relações e garantir que os nossos empresários tenham um ambiente de oportunidades em nossos países. Daí também a importância da consumação do acordo”.
A presidenta enfatizou que, com a queda dos preços das commodities, a desaceleração do mercado chinês e a fragilidade da economia mundial, países emergentes como Brasil e Chile precisam se unir cada vez mais.
“Nós temos clareza que o Brasil e o Chile são economias que demonstram uma grande capacidade de ampliar suas relações comerciais e de investimentos. Primeiro porque os nossos comércio e investimentos têm sido muito bem sucedidos na fase em que nós não estávamos sofrendo as dificuldades dessa última conjuntura”.
Democracia
A presidenta Dilma lembrou ainda a trajetória do Brasil e do Chile para conquistar a democracia e enalteceu o avanço social e econômico dos dois países. “Nós podemos nos orgulhar de ter ultrapassado todas as barreiras para construção da nossa modernidade em cima de uma democracia política que nós sabemos que isso não será extremamente sólida se for sólida também nos pontos de vista econômico e social. Dai a importância do crescimento econômico, porque só assim teremos uma forte democracia social e econômica e, daí também, a importância da inclusão de milhões e milhões de chilenos e brasileiros”.

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