terça-feira, 15 de março de 2016

Mercadante nega tentativa de impedir delação e isenta Dilma

Durante coletiva, ministro disse que o gesto de procurar  assessor foi pessoal e motivado pela solidariedade. Foto: Uiara Lopes
Durante coletiva, ministro disse que trechos da gravação foram omitidos e que gesto de procurar assessor foi pessoal e motivado por solidariedade. Foto: Blog do Planalto
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou, nesta terça-feira (15), em entrevista coletiva na sede do ministério que não tentou impedir o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) de firmar acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. O ministro disse ainda agiu de forma “política e pessoal” e isentou a presidente Dilma Rousseff (PT) de qualquer responsabilidade na conversa que teve com o assessor do parlamentar, cuja gravação foi entregue à PGR nesta terça-feira (15).
“A presidenta não tem nenhuma responsabilidade, nem ninguém do governo, já disse e reafirmo, a responsabilidade é inteiramente minha. Eu estou encaminhando ao procurador-geral da República [Rodrigo Janot], ao presidente do Supremo [Ricardo Lewandowski] a minha total disposição de esclarecer o que for necessário em relação a esse episódio.[…] Não se discute uma questão de governo [na conversa com o assessor de Delcídio]”, disse.
O ministro disse também que o gesto de procurar o assessor foi pessoal e motivado por  solidariedade. Ele alegou ainda que trechos específicos da conversa foram divulgados, enquanto outros foram omitidos. “É absolutamente nítido, mesmo toda a tentativa do assessor de me induzir para algumas questões como essa [impedir delação], eu fui muito firme em deixar claro que era um direito dele e que não ia ter qualquer interferência, e que isto não era objeto da minha preocupação. {…} Qual era o objeto da minha preocupação? O objeto foi que eu vi uma campanha brutal na internet contra as filhas dele, isso me sensibilizou, uma pessoa que eu convivi por 13 anos, e eu chamei o assessor dele para dizer: “Eu estou aqui para fazer um gesto pessoal de solidariedade.”

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