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Em encontro com presidente do Senado, artistas defendem fim do processo impeachment

Política

"País não pode ter outro golpe. Eu já vive golpes e sei como é. É terrível”, disse Beth Carvalho

por Portal BrasilPublicado: 31/03/2016 17h43Última modificação: 31/03/2016 22h14

Exibir carrossel de imagensRoberto Stuckert Filho/PR

“Nós estamos aqui [em Brasília] por amor à pátria, amor à democracia”, disse a sambista

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Artistas liderados pela cantora Beth Carvalho e o cineasta Luiz Carlos Barreto estiveram na tarde desta quinta-feira (31) com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para se manifestar contra o processo de impeachment em tramitação no Congresso Nacional contra a presidenta Dilma Rousseff.

Na saída do encontro, Beth recordou o golpe militar de 1964 para defender a continuidade do mandato de Dilma. “O País não pode ter outro golpe. Eu já vive golpes e sei como é. É terrível”, afirmou.

A sambista disse, ainda, que os artistas e intelectuais estavam se manifestando em defesa da democracia, recordando que a presidenta Dilma foi eleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos. “Nós estamos aqui [em Brasília] por amor à pátria, amor à democracia”, disse.

Barreto aproveitou o encontro com Renan para questionar o presidente do Senado sobre a legalidade do processo de impeachment, ressaltando que o processo não tem base jurídica e foi a aceito pela Câmara “à toque de caixa”, para derrubar Dilma. “Não se sabe se esse processo [de impeachment] é legal. É correto correr dessa maneira, sem haver tipificação [de crime de responsabilidade]?”, questionou.

Pela manhã, Dilma recebeu artistas e intelectuais em ato de apoio a seu mandato no Palácio Planalto. Entre eles, a cineasta Anna Muylaert, que venceu prêmios internacionais no ano passado com o filme “Que horas ela volta?”.

Anna destacou a inclusão social “num nível estrondoso” realizado pelos governos Lula e Dilma como responsável pela ascensão de diversos brasileiros como a personagem Jéssica – adolescente que, no longa, é filha de emprega doméstica e entra na universidade.

“A Europa sabe, reconhece e aqui [no Brasil] talvez ainda precise de alguns anos para que a gente entenda o tamanho do que aconteceu e deverá continuar acontecendo”, afirmou.

Fonte: Portal Brasil

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