Tartarugas marinhas nascem nas areias de Maricá pela primeira vez
Texto: Sergio Renato (edição: Marcelo Ambrosio) | Fotos: Fernando Silva
As areias de Maricá testemunharam nesta quarta-feira (24/02) um espetáculo da natureza que poderá se repetir nas próximas décadas. Dos 57 ovos de tartaruga marinha que haviam sidos depositados em dezembro, no trecho da praia em frente à colônia de pescadores de Zacarias, nasceram 20 filhotes da espécie caretta caretta (conhecida como “cabeçuda”), que foram logo colocados à beira da orla para buscar as águas do mar. Todo o processo foi monitorado, da postura à eclosão dos ovos, pela Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente e por técnicos do Projeto Aruanã, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Foram quase 60 dias de trabalho, que contou com a ajuda também de pescadores da região. Estes não só protegeram a mãe no seu retorno ao mar após a postura, como acompanharam diariamente a condição do ninho, que teve sua localização original alterada para longe da área de maré por segurança. O nascimento das pequenas tartarugas foi muito comemorado pelas duas equipes. “É um momento único, inesquecível para todos nós", comemorou o secretário municipal adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Mota. "Temos que parabenizar a equipe pelo trabalho que fizeram em conjunto com o pessoal do Projeto Aruanã, mas também é preciso agradecer e muito aos pescadores daqui, os primeiros a nos alertar sobre a desova e que todos os dias vieram aqui acompanhar e nos informar caso houvesse novidades. Estamos felizes com esse sucesso”, completou.
A coordenadora técnica do Aruanã, Suzana Guimarães, também estava satisfeita com o desfecho do ciclo, mas antecipou a repetição do fenômeno pode demorar. “As áreas comuns para este ciclo no estado começam em Quissamã, no litoral norte. Também ocorre na Bahia", explica. "O que pode ter ocorrido é que uma única tartaruga desta espécie tenha vindo até Maricá e acabou deixando um restante de ovos aqui - tanto que colocou apenas 57, quando uma ninhada pode ultrapassar os cem ovos”, acrescentou. Na época da postura, os técnicos informaram que o animal poderia estar no fim do seu ciclo reprodutivo, o que se refletiria na menor quantidade de ovos. Ainda de acordo com Suzana, as tartaruguinhas maricaenses podem desovar na região novamente quando e se chegarem à fase adulta, daqui a aproximadamente 30 anos.
Uma segunda hipótese para a desova em Maricá teria relação com o desastre ecológico de Mariana (MG): a de que a poluição das águas do Rio Doce causada pelo rompimento da barragem da Samarco possa ter afetado o ciclo das tartarugas no litoral do Espírito Santo, onde a lama desaguou pela foz do rio, levando os animais a eventualmente procurarem outras praias para deixarem seus ovos. A relação, por enquanto, ainda não está provada.
Foram quase 60 dias de trabalho, que contou com a ajuda também de pescadores da região. Estes não só protegeram a mãe no seu retorno ao mar após a postura, como acompanharam diariamente a condição do ninho, que teve sua localização original alterada para longe da área de maré por segurança. O nascimento das pequenas tartarugas foi muito comemorado pelas duas equipes. “É um momento único, inesquecível para todos nós", comemorou o secretário municipal adjunto de Meio Ambiente, Guilherme Mota. "Temos que parabenizar a equipe pelo trabalho que fizeram em conjunto com o pessoal do Projeto Aruanã, mas também é preciso agradecer e muito aos pescadores daqui, os primeiros a nos alertar sobre a desova e que todos os dias vieram aqui acompanhar e nos informar caso houvesse novidades. Estamos felizes com esse sucesso”, completou.
A coordenadora técnica do Aruanã, Suzana Guimarães, também estava satisfeita com o desfecho do ciclo, mas antecipou a repetição do fenômeno pode demorar. “As áreas comuns para este ciclo no estado começam em Quissamã, no litoral norte. Também ocorre na Bahia", explica. "O que pode ter ocorrido é que uma única tartaruga desta espécie tenha vindo até Maricá e acabou deixando um restante de ovos aqui - tanto que colocou apenas 57, quando uma ninhada pode ultrapassar os cem ovos”, acrescentou. Na época da postura, os técnicos informaram que o animal poderia estar no fim do seu ciclo reprodutivo, o que se refletiria na menor quantidade de ovos. Ainda de acordo com Suzana, as tartaruguinhas maricaenses podem desovar na região novamente quando e se chegarem à fase adulta, daqui a aproximadamente 30 anos.
Uma segunda hipótese para a desova em Maricá teria relação com o desastre ecológico de Mariana (MG): a de que a poluição das águas do Rio Doce causada pelo rompimento da barragem da Samarco possa ter afetado o ciclo das tartarugas no litoral do Espírito Santo, onde a lama desaguou pela foz do rio, levando os animais a eventualmente procurarem outras praias para deixarem seus ovos. A relação, por enquanto, ainda não está provada.
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