Revezamento da tocha paralímpica reuniu centenas de pessoas pelas ruas de Belém

Da Redação - Agência Belém de Notícias - 03/09/2016 09:44

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  / FESTA DO ESPORTE / 03/09/2016 09:44

  A pira paralímpica foi acesa nesta sexta-feira, 2, pelo fisioterapeuta Paulo Andrade, que trabalha com pessoas com deficiência, sob aplausos.

Mesmo acumulando experiências, como a participação nos Jogos Londres 2012 e Pequim 2008, a cestinha no Parapan Guadalajara 2011 Débora Costa, de 27 anos, no basquetebol em cadeira de rodas, não conteve a emoção ao conduzir a tocha paralímpica durante o revezamento que ocorreu na tarde desta sexta-feira, 2, pelas ruas da capital paraense.

Com as mãos trêmulas e a voz ainda embargada, ela destacou: “Ainda não sei explicar o que é esse sentimento, por saber que ele é único na minha vida. Chega a passar um filme de tudo aquilo que vivemos e enfrentamos para vencer as barreiras do esporte”.

Sessenta e duas pessoas conduziram a chama olímpica em Belém. O revezamento da tocha ocorreu em dois momentos: de manhã a chama percorreu locais onde são realizados projetos com esporte inclusivo, à tarde seguiu pelas ruas do centro de Belém, completando o percurso dos 10,5 km.

Às 14h a tocha saiu Ginásio Altino Pimenta, na avenida Doca de Souza Franco, e seguiu para o Complexo Feliz Lusitânia, na Cidade Velha, onde um palco foi montado em frente à Igreja de Santo Alexandre para o encerramento da cerimônia.

O titular da Secretaria de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), Deivison Alves, destacou o sucesso do primeiro momento do revezamento, que se encerrou no ginásio, com apresentações do Programa Esporte Sem Barreiras, desenvolvido pela Prefeitura de Belém.

“A primeira etapa desta cerimônia foi um sucesso, e agora o revezamento segue de maneira que vai unir ainda mais com a emoção das pessoas até o acendimento da pira paralímpica. Certamente a tocha vai seguir para os outros Estados levando o calor do paraense e a torcida por nossos atletas”, disse o secretário.

Vários momentos completaram a festa do revezamento da tocha pelas ruas da cidade. Olhares curiosos, celulares apontados e torcida, como a da família da professora Auxiliadora Francês, de 49 anos. “A tocha passando na porta da minha casa! Quanta honra, meu Deus, que felicidade! É emocionante viver esse momento. Nós somos realmente um povo privilegiado e entramos mais uma vez para a história dos jogos, dessa vez, paralímpicos”, afirmou.

O revezamento teve a participação de atletas como o judoca Vinícius Leão; o velocista Bruno Silva; o professor da Sejel Valdir Soares, entre outros. Além destes, atletas como Thamiris Rocha, de 15 anos, completavam a torcida à espera dos condutores. Acompanhada da mãe, a jovem que pratica a modalidade bocha adaptada, contou que um dia sonha em representar o Pará, nas paralimpíadas. “Eu amo o que faço e comecei o esporte para sair da ociosidade, hoje é uma verdadeira paixão e eu pretendo seguir adiante no esporte”, contou Thamiris.

Ao final do revezamento, Paulo Andrade, fisioterapeuta de pessoas com deficiência, foi o condutor que acendeu a pira. “Não há nada como a determinação para representar os paraenses. Esse é o espírito esportivo".

De Belém, a tocha segue para Natal (RN). Depois percorre as cidades de São Paulo(SP) e Joinville (SC), até chegar ao Rio de Janeiro (RJ), onde ocorrem os jogos, a partir da próxima quarta-feira, 7.

Texto: Karla Pereira
Foto: Uchôa Silva-Agência Belém
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)