sábado, 8 de outubro de 2016

DUCAÇÃO

MEC defende reformas para reduzir evasão em faculdades

Novo Ensino Médio

Segundo ministro Mendonça Filho, falta de orientação vocacional no ensino médio contribuiu para evasão de 49% no ensino superior
por Portal BrasilPublicado06/10/2016 20h01Última modificação06/10/2016 21h33
Depois da divulgação do Censo da Educação Superior, que pela primeira vez traçou perfil dos estudantes ao longo da graduação, o Ministro da Educação, Mendonça Filho, reiterou que a reforma no ensino médio é essencial para melhorar os indicadores.
Isso porque os dados relativos ao ano de 2015, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta quinta-feira (6), revelam um crescimento na taxa de desistência do curso de ingresso, na avaliação da trajetória dos alunos entre 2010 e 2014. Em 2010, 11,4% dos alunos abandonaram o curso para o qual foram admitidos. Em 2014, esse número chegou a 49%.
“Este Censo da Educação Superior reforça a tese de que há uma necessidade muito grande de reforma do ensino médio no Brasil. A mudança, proposta pela Medida Provisória nº 746/2016, terá um impacto direto nos indicadores do ensino superior”, garantiu o ministro da Educação, Mendonça Filho.
Segundo ele, a ausência de orientação vocacional durante o ensino médio é um dos agravantes. “O Brasil tem apenas 8% dos alunos do ensino médio em programas vocacionais. A falta de orientação contribui para que haja uma desistência significativa dos jovens que ingressam no nível superior”, disse.
Balanço
De acordo com o censo, 8.033.574 alunos estão matriculados no ensino superior. O número supera a estatística de 2014 em 2,5%, quando havia 7.839.765 matriculados. São ofertados 33 mil cursos de graduação em 2.364 instituições de ensino superior.
Além disso, dos 8 milhões de vagas disponíveis, somente 42,1% estão preenchidas e 13,5% das vagas remanescentes foram ocupadas. “A falta de interesse em ocupar as vagas amplamente oferecidas, tanto na rede pública quanto na particular, deve-se ao fato de o jovem não identificar, na sua vontade, uma perspectiva desse ou aquele curso. É preciso haver uma conexão entre a educação básica e a de nível médio para ampliar as oportunidades de acesso à educação superior”, defende a presidente do Inep, Maria Inês Fini.
“As vagas remanescentes indicam pouca eficiência do sistema. A reforma do ensino médio vai dar a esses jovens a oportunidade de vivenciar algumas trajetórias acadêmicas mais associadas a cursos e carreiras no ensino superior”, concluiu.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Educação 
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