quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Um Olhar Originário’ entrelaça artistas e público em noite memorável

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Jornalista: Marilene Carvalho
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‘Um Olhar Originário’ entrelaça artistas e público em noite memorável

Em clima de muita emoção refletida em abraços e sorrisos, a abertura da mostra ‘Um Olhar Originário’ ficará na lembrança dos artistas que marcaram época na cidade, nos anos 70/80, fazendo das artes plásticas, grafismo, escultura e fotografia seus meios de expressão. A Galeria de Arte Hindemburgo Olive, no Centro Macaé de Cultura, foi o palco deste acontecimento ontem (25), e pareceu pequena numa noite memorável entrelaçada com o público, que foi prestigiar o evento apoiado pela Fundação Macaé de Cultura (FMC). A visitação pode ser continuada durante um mês.

Com a fala emocionada pelo estreito envolvimento com os produtores de arte, Claudio Santos, vice-presidente da FMC e curador de ‘Um Olhar Originário’, lamentou a escassez de investimento na área nos últimos tempos. "Este  evento pretende incentivar e provocar uma contínua atividade criativa. Todos os quadros que estão aqui deixaram um vazio na casa de seus donos, para nossa apreciação, queremos que esse olhar seja permanente devido a sua importância”, completou. Para a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Tânia Jardim, a mostra representa um resgate cultural que traduz a alma de cada um dos expositores. “Estamos aqui abertos para desafiar a crise econômica, buscando alternativas como essa que sirvam de incentivo aos artistas macaenses que tanto amamos”, disse.
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‘Um Olhar Originário’ reúne 95 obras assinadas por 15 artistas, três deles em memorian (Nilton Curvelo, Marco Aurélio Corrêia e Maria Klonowska). Alguns dos que circularam na vernissage foram Sandra Wyatt com seus quadros unindo formas, cores e interferência poética;  Eisaburo Mori, com a viagem astral que vai do neo concretismo ao abstrato; Rui Jorge (Jojó), com seu despojamento ao dizer através da pintura o que não consegue fazer sair pela boca; Manoel Reis, com seu trabalho ligado à produção gráfica; Martinho Santafé e a explosão de cores, pontos e traços de suas telas; Vicente Klonowski e as esculturas feitas de troncos e raízes; Isaac  de Souza, encantando com o surrealismo caboclo de sua autoria. No rol dos expositores, Nato Reis, que segue a mesma linha de grafismo do irmão, Manoel, porém voltada à arquitetura, não pode comparecer.olhar 2

Também participou do evento D. Dezy Cáldin, artista plástica convidada pela maestria do conjunto da obra e uma vida inteira dedicada à arte de ensinar. E ainda Luiz Claudio Bittencourt (Dunga) e Romulo Campos com fotos digitais, e representando o irmão e também fotógrafo Livio Campos que não pode comparecer, mas deixou para deleite algumas de seus cliques premiados. Vanderlei Gil, fotógrafo que vem registrando há muitos anos os fatos e o cotidiano dos macaenses, também participou desse momento importante de reencontro com o passado. O mais antigo da turma, Iezi Bastos, também não pode estar presente, mas seus quadros são vistos entre os mais valorizados da mostra. Jailton Machado fecha com louvor o rol de expositores de ‘Um Olhar Originário’. 

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