Um Olhar Originário’ entrelaça artistas e público em noite memorável
Jornalista: Marilene Carvalho
‘Um Olhar Originário’ entrelaça artistas e público em noite memorável
Em clima de muita emoção refletida em abraços e sorrisos, a abertura da mostra ‘Um Olhar Originário’ ficará na lembrança dos artistas que marcaram época na cidade, nos anos 70/80, fazendo das artes plásticas, grafismo, escultura e fotografia seus meios de expressão. A Galeria de Arte Hindemburgo Olive, no Centro Macaé de Cultura, foi o palco deste acontecimento ontem (25), e pareceu pequena numa noite memorável entrelaçada com o público, que foi prestigiar o evento apoiado pela Fundação Macaé de Cultura (FMC). A visitação pode ser continuada durante um mês.
Com a fala emocionada pelo estreito envolvimento com os produtores de arte, Claudio Santos, vice-presidente da FMC e curador de ‘Um Olhar Originário’, lamentou a escassez de investimento na área nos últimos tempos. "Este evento pretende incentivar e provocar uma contínua atividade criativa. Todos os quadros que estão aqui deixaram um vazio na casa de seus donos, para nossa apreciação, queremos que esse olhar seja permanente devido a sua importância”, completou. Para a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Tânia Jardim, a mostra representa um resgate cultural que traduz a alma de cada um dos expositores. “Estamos aqui abertos para desafiar a crise econômica, buscando alternativas como essa que sirvam de incentivo aos artistas macaenses que tanto amamos”, disse.
‘Um Olhar Originário’ reúne 95 obras assinadas por 15 artistas, três deles em memorian (Nilton Curvelo, Marco Aurélio Corrêia e Maria Klonowska). Alguns dos que circularam na vernissage foram Sandra Wyatt com seus quadros unindo formas, cores e interferência poética; Eisaburo Mori, com a viagem astral que vai do neo concretismo ao abstrato; Rui Jorge (Jojó), com seu despojamento ao dizer através da pintura o que não consegue fazer sair pela boca; Manoel Reis, com seu trabalho ligado à produção gráfica; Martinho Santafé e a explosão de cores, pontos e traços de suas telas; Vicente Klonowski e as esculturas feitas de troncos e raízes; Isaac de Souza, encantando com o surrealismo caboclo de sua autoria. No rol dos expositores, Nato Reis, que segue a mesma linha de grafismo do irmão, Manoel, porém voltada à arquitetura, não pode comparecer.
Também participou do evento D. Dezy Cáldin, artista plástica convidada pela maestria do conjunto da obra e uma vida inteira dedicada à arte de ensinar. E ainda Luiz Claudio Bittencourt (Dunga) e Romulo Campos com fotos digitais, e representando o irmão e também fotógrafo Livio Campos que não pode comparecer, mas deixou para deleite algumas de seus cliques premiados. Vanderlei Gil, fotógrafo que vem registrando há muitos anos os fatos e o cotidiano dos macaenses, também participou desse momento importante de reencontro com o passado. O mais antigo da turma, Iezi Bastos, também não pode estar presente, mas seus quadros são vistos entre os mais valorizados da mostra. Jailton Machado fecha com louvor o rol de expositores de ‘Um Olhar Originário’.
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