segunda-feira, 5 de junho de 2017

SUPERAÇÃO E GARRA MARCAM VITÓRIAS DE CABO-FRIENSES NO ALOHA SPIRIT

Por em 05/06/2017
A superação venceu o frio na barriga, a emoção de competir em casa e as adversidades encontradas nas águas da Praia do Forte. Assim pode ser definido o último fim de semana da segunda etapa do Aloha Spirit para os super vitoriosos atletas cabo-frienses, que fizeram muitos pódios e ainda angariaram valiosos pontos para o campeonato brasileiro em algumas categorias.  

Na categoria OC2 mista de canoa havaiana, o pódio foi 100% cabo-friense. Em primeiro lugar ficou a recém formada dupla Luane Ferreira/Max Coutinho; com a prata ficou Mauro Batista/Alice Nacife e em terceiro a multicampeã Dayone Rossi, que fez parceria com o filho Igor Rossi. Luane integra ainda a equipe Mana Brasil do Clube Náutico Cabo Frio e o parceiro Max era nadador e atualmente treina canoa havaiana na equipe He'e Nalu de Cabo Frio.

“Esse pódio foi muito especial para mim, inclusive por dividí-lo com meus mestres Mauro Batista e Dayone Rossi. Formei a dupla com Max há três semanas para competirmos juntos pela primeira vez. Sabia que disputaria com campeões, inclusive meus treinadores. Foi incrível! O Max tem uma experiência fenomenal com mar e atribuo a ele o trajeto impecável que fizemos. Quando tive a certeza que ganharíamos, estávamos nos aproximando do Forte São Mateus eu estava dando o comando de troca (Hip) e a voz ficou trêmula, mas o braço continuou firme em busca do pódio”, contou feliz a canoísta Luane.

“A prova foi muito emocionante para gente porque viramos no mar na ida antes de fazer a boia de retorno e perdemos quatro posições. Recuperamos três posições e ficamos em segundo. Estávamos emparelhados com a Luane o Max, que é da minha equipe também. Nos recuperamos durante a prova então ela teve um sabor muito especial”, contou Mauro Batista, que ficou ainda em terceiro lugar na categoria Open masculina, válido pelo campeonato brasileiro da Confederação Brasileira de Va’a.

Na OC2 masculina, o bronze de Bruno Nunes e de Marcos do Valle, da Canoa Molokai, teve sabor de ouro. Com dores no ombro direito devido a uma bursite e tendinopatia que se agravaram nos últimos dois meses, o pódio parecia um sonho distante para Bruno. Mas com muita insistência do parceiro e superando as adversidades, a vitória chegou. Segundo amigos próximos, a surpresa ficou estampada em seu rosto ao ouvir o nome da dupla ser anunciada como terceira colocada.

“Achei que nem poderia mais remar, mas me apeguei à fé, me tratei, treinei e consegui me superar. O bacana é porque a vitória foi com um aluno meu. Eu tinha dito que se ficássemos entre os 15 estava bom demais, mas conforme começamos a remar percebemos que era possível. Conhecemos a área e estamos acostumados com o vento. Fomos crescendo na volta da prova e deu tudo certo, graças a Deus! Todo mundo de Cabo Frio ficou feliz porque viu a minha superação, por eu não ter desistido apesar de estar desacreditado devido à lesão”, contou Bruno, emocionado.

Cores de Cabo Frio na OC6 e na Open

Nas categorias onde a disputa é ainda mais acirrada, a bandeira de cabo frio também tremulou no pódio. Na Open Elite masculina, o terceiro lugar da equipe He’e Nalu é mais do que um bronze, já que o sexteto – todo cabo-friense – remou contra seleções montadas com os melhores do Brasil e ficou atrás apenas dos top’s na categoria. A prova foi feita em 1:02:24 e de quebra mais 154 pontos para a segunda etapa do brasileiro. O segundo lugar ficou com a Tahoe, também de Cabo Frio.

“Corremos contra algumas seleções, enquanto somos apenas um clube de cidade e por isso os garotos ficaram tão emocionados com a prova. Eles sabem que brigamos de igual pra igual com os melhores do esporte em nosso país, abriram mão de vencer a categoria estreante e a open clubes para tentar um pódio entre os grandes. Será uma questão de tempo para estarmos no topo do pódio”, contou confiante Henrique Vogel Quintanilha, treinador da equipe.

O nadador cabo-friense de águas abertas Willian Miller, garantiu a primeira colocação na categoria de 1000 metros, numa disputa acirrada com a campeã brasileira de natação Betina Lorscheitter.

No stand up a atleta Lena Guimarães, atual número um do Brasil e integrante de uma das melhores equipes de canoa havaiana OC6 do país, a Mana Brasil, levou o público ao delírio ao conquistar duas medalhas: ouro nos 15 km de canoa havaiana e prata nos 9 km do stand up.

"Foi demais terminar em segundo no stand up. O problema foi a prova de canoa, que foi muito desgastante porque brigando pela ponta até o fim. Nem tive tempo de comemorar a vitória na canoa, já fui correndo pro SUP. Mas estou satisfeita. Chegar em segundo depois de uma prova difícil com a canoa é gratificante", contou emocionada.

Na canoa havaiana feminino open vitória mais do que consagrada da super experiente equipe da Mana Brasil com o sexteto Marta Porto, Dayone Rossi, Alice Moreno, Andresa Saboya, Silvia Hargreaves e Lena Guimarães, que fizeram a prova com tempo de 1:14:08. Integram a equipe. De todas as vitórias e adversidades desta etapa do Aloha, a super campeã Dayone Rossi destaca como principal emoção o pódio junto com o filho na OC2 Mista, apesar de a prova individual e de duplas não fazer parte do brasileiro. Nessa categoria, Igor era o mais novo atleta na água entre os 150 competidores na disputa da categoria. Mas a "inexperiência" aliada à maturidade esportiva da mãe garantiu mais um bronze para Cabo Frio.

"A experiência de ganhar aqui foi mais importante dessa vez porque a nossa torcida cresceu de uns tempos pra cá e isso aumenta a responsabilidade mas também  a felicidade. Quanto ao pódio na mista com meu filho, foi a parte mais emocionante devido a felicidade de estar  na canoa como mãe e treinadora. Fez prova concorrendo com adultos! Me deixou mto orgulhosa! Na Open tínhamos a obrigação de ganhar e na master perdemos a largada porque nossa canoa quebrou na proa na prova anterior, com as estreantes. Largamos bem depois, mas passamos quase todas as canoas e ficamos em segundo", comemorou Dayone, que lidera o ranking brasileiro de OC6 e concorre a vaga para o Sul Americano em novembro no Peru.

Cabo Frio ainda fez pódio na categoria Júnior masculina, de até 19 anos, com jovens do Clube Náutico da cidade.

 


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