terça-feira, 19 de setembro de 2017

Assistência Social e Habitação promove capacitação para Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil


A ação é dirigida aos profissionais do Conselho Tutelar, Assistência Social, Educação e Saúde, que atuam na rede de atendimento do município

Assistência Social e Habitação promove capacitação para Prevenção e Erradicação do Trabalho InfantilFotos Marcelo Pakinha
A Diretoria de Proteção Social Especial de Média Complexidade/ Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, da Secretaria de Assistência Social e Habitação, realiza nesta terça-feira (19), uma capacitação sobre Ações Estratégicas para Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. A ação que acontece durante todo o dia, no Grande Hotel Lages, reúne cerca de cem profissionais do Conselho Tutelar, Assistência Social, Educação e Saúde, que atuam na rede de atendimento do município.
Na abertura do evento, o vice-prefeito, Juliano Polese, destacou a necessidade de aprofundamento da discussão do tema. “Porque ainda existem pessoas que defendem a necessidade do trabalho infantil. É uma cultura que precisa ser erradicada”, afirmou.
Para o secretário de Assistência Social e Habitação, Samuel Ramos, “o desafio é mudar essa visão ultrapassada e construir estratégias para enfrentamento do trabalho infantil que pode causar prejuízos à formação e ao desenvolvimento integral de crianças e adolescentes”. Nesse sentido, a diretora de Proteção Social Especial de Média Complexidade, Aline Bernardi destacou que desde abril deste ano estão sendo realizadas inúmeras atividades, com os profissionais da rede, através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
A capacitação está sendo ministrada pelo professor e Pós-Doutor em Direito, André Viana Couto. Segundo ele, a maioria das práticas de trabalho foi construída em determinados momentos históricos, e apesar de todos os avanços continuam se reproduzindo. Dados da Fundação Abrinque apontam que no país, existem de 2,6 milhões de crianças e adolescentes, entre 05 e 17 anos, em situação de trabalho infantil.
Apesar de ainda ser um número alto, segundo o professor Couto, já houve uma redução de 70% nos últimos 20 anos. Os avanços variam entre os municípios, alguns apresentam uma incidência maior, dependendo das práticas de enfrentamento adotadas. “Um dado significativo da pesquisa também aponta que quanto maior a escolaridade da mãe, menor será o índice de exploração do trabalho infantil, independentemente da renda salarial. Isso significa que a educação é uma importante ferramenta nesse processo”, ressaltou Couto.

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