Líder do governo na Câmara de Macaé nega que prefeitura esteja planejando redução salarial dos servidores públicos municipais
Em sessão ordinária da Câmara Municipal de Macaé, realizada na manhã desta quarta-feira, 5, o líder do governo na Casa, vereador Guto Garcia (PDT, em pé, à direita, na foto), negou que o prefeito Welberth Rezende (CIDADANIA), tenha qualquer intenção de reduzir salários dos servidores municipais devido aos impactos da pandemia do coronavírus.
O assunto, debatido na sessão desta terça-feira, 4, voltou à pauta de discussões durante o Grande Expediente da sessão desta quarta, quando a vereadora Iza Vicente (REDE, na foto), se posicionou contrária à qualquer intenção do governo nesse sentido.
“Eu quero continuar esse debate sobre a situação do servidor público. Só para pontuar que Macaé tem um orçamento de 2 bi [de reais]. Será que a gente precisa realmente começar tirando de quem já está defasado, está sem atualização? Eu já me posiciono, de antemão, que sou contra isso. Não apoio essa iniciativa e acho que isso nem deveria estar em discussão porque não chegou à Casa nenhum projeto de lei nesse sentido. Acho que é bom a gente já expressar a nossa reprovação à essa medida, mas é uma medida que ainda não chegou, e que o prefeito já saiba que não seria muito bem recebido, pelo menos por mim”, afirmou a vereadora.
O tema de redução salarial e de carga horária dos servidores, sugerida pelo governo federal, havia sido discutido em sessão desta terça-feira, durante um requerimento proposto pelo vereador Reginaldo do Hospital (PODE), pedindo a criação de um 14º salário para os profissionais da Saúde que atuam na linha de frente do combate à pandemia.
Mas nesta quarta-feira, o líder do governo na Casa negou qualquer intenção do prefeito nesse sentido, afirmando que o governo municipal não planeja promover nenhum tipo de corte salarial dos servidores públicos municipais.
“A gente solta aqui e daqui a pouco todos os servidores estão achando que vão cortar alguma coisa. Não existe nada de nada de nenhum corte em relação à nada de servidor. Às vezes a gente coloca algo e começa aquele telefone sem fio. Então, não existe nada. Eu não sei o que o presidente [da Casa]falou ontem, mas, por enquanto, não existe nada. E eu acredito que não vai ser cortado nada em relação aos servidores”, pontuou o ex-secretário de Educação, vereador Guto Garcia.
A posição de Guto, de tratar o assunto como se fosse um boato, chamou a atenção do vereador Amaro Luiz, que defendeu a colega de plenária ao lembrar que o presidente da Câmara, vereador Cesinha (PROS), ausente no início da sessão, fora quem havia trazido o tema para a discussão dos vereadores no dia anterior.
“Olha só, a Iza está falando do que foi falado aqui dentro. Ela não está inventando. Inclusive, [o presidente da Casa] disse que o prefeito já até conversou com o sindicato, e isso foi falado aqui, isso está gravado, que o prefeito já conversou com o sindicato e o sindicato já até concordou. Foi falado aqui. Inclusive, eu tive que ver essas ligações, de servidor reclamando. ‘Amaro, o que está acontecendo?’. Se cogitou isso aqui dentro, mesmo que não tenha veracidade, é um fato que vai ser muito bem discutido com o repúdio de alguns vereadores”, avisou Amaro Luiz.
Para tentar encerrar a discussão, o líder da bancada governista na Câmara voltou a negar qualquer intenção do governo em promover redução salarial dos servidores públicos municipais, sugerindo que poderia estar havendo algum tipo de confusão sobre o assunto.
“A gente não pode confundir cortar com não ter aumento. Não ter aumento por causa da lei federal, por exemplo, é uma coisa. Cortar é outra”, comentou Guto Garcia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário