Cabral adia prazo de entrega do Maracanã
Governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, posa ao lado de Paes e Blatter
MARACANÃ EM OBRAS |
Em evento realizado em Londres, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que o prazo de entrega do Maracanã foi adiado para fevereiro de 2013, não mais em dezembro de 2012. Além disso, Cabral revelou sua intenção de ter o estádio já concessionado nesta data.
"A intenção é entregar o Maracanã em fevereiro de 2013, já concedido e a tempo de receber a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos", confirmou.
Em entrevista concedida em maio, o governador havia manifestado seu desejo em ver o estádio sendo gerido pela iniciativa privada.
As obras no palco da final da Copa do Mundo de 2014 têm custo total de R$ 859,9 mi.
"A intenção é entregar o Maracanã em fevereiro de 2013, já concedido e a tempo de receber a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a abertura e o encerramento dos Jogos Olímpicos", confirmou.
Em entrevista concedida em maio, o governador havia manifestado seu desejo em ver o estádio sendo gerido pela iniciativa privada.
As obras no palco da final da Copa do Mundo de 2014 têm custo total de R$ 859,9 mi.
'The Wall Street Journal', em Nova Iorque
A moeda social de Silva Jardim, o Capivari, é matéria, assinada pelo
seu correspondente no Brasil, Paulo Prada, da primeira página da
edição de hoje (20/09) do The Wall Street Journal, de Nova Iorque, o
principal veículo de comunicação especializado em economia dos Estados
Unidos. A notícia também foi reproduzida no número de hoje no jornal
brasileiro "Valor Econômico". Abaixo, o texto traduzido na íntegra:
"Depois da escola e nos fins de semana, Carlos Leandro Peixoto de
Abril vende sorvete feito por sua avó na varanda ao lado da casa da
família. Mas em vez de reais, o garoto de 11 anos prefere que seus
clientes paguem em capivaris - uma moeda local estampada com a imagem
de um roedor, o maior do planeta. Com o dinheiro em mãos, Carlos vai a
um supermercado local e compra, com um desconto especial, os
ingredientes para o próximo lote dos sorvetes feitos pela avó.
O Capivari circula apenas neste pequeno município agrícola a 104
quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. A moeda é uma iniciativa do
município, um dos mais pobres da região Sudeste, para incentivar seus
23.000 residentes a gastar localmente.
Dez meses após o lançamento do Capivari - cujo nome é inspirado no Rio
Capivari, onde, claro, há muitas capivaras -, a moeda está dando novo
ânimo aos comerciantes do município e costurando buracos nos bolsos
dos consumidores. Os capivaris podem ser usados para pagar tudo, desde
cortes de cabelo às contas de restaurante e os dízimos das igrejas. O
prefeito ainda tem planos para abrir uma "Capivari Megastore", onde
artesãos e produtores locais poderão exibir seus produtos.
O Capivari é uma das 63 moedas locais - incluindo notas batizadas com
nomes inspirados no sol, em cactos e na castanha do Pará - que hoje
circulam em regiões pobres da maior economia da América Latina. A
idéia tem ganhado força à medida que mais municípios procuram obter
uma parcela do crescimento econômico atual do País. Este mês, uma nova
moeda local começou a circular nas ruas da Cidade de Deus, a favela
carioca que foi tema de um filme de sucesso mundial e uma parada
durante a visita do presidente Barack Obama pela América do Sul este
ano.
Embora tenham o mesmo valor que o real, as moedas locais ganharam
tração porque os comerciantes podem oferecer descontos quando são
usadas. Ninguém é forçado a abandonar o real, mas os comerciantes
dizem que os volumes maiores das vendas fazem os descontos valerem a
pena.
"Eles levam o cliente a entrar na loja", diz Roseanne Augusto, gerente
de uma loja de ferragens de Silva Jardim, onde um construtor em uma
tarde recente reservou 2.700 reais em materiais, dizendo que voltaria
em breve para efetuar a compra. Ele foi trocar reais e quando voltou,
pagou a conta com capivaris, economizando 5% do preço final.
Os capivaris são geridos por um novo banco, o Banco Capivari, que é
administrado pela comunidade. Em sua única agência, um espaço pequeno
pintado de verde, amarelo, azul e branco, trabalham as três
funcionárias do banco, jovens com cerca de 20 anos. Para cada um dos
50.000 capivaris que circularam pela primeira vez, o Banco Capivari
mantém um número igual de reais em depósito em um banco tradicional.
Tatiana da Costa Pereira, gerente do banco, diz que atende a cerca de
60 clientes por dia. Uma patrulha da polícia local cuida da segurança
e um policial militar visita o escritório regularmente.
A moeda tem sido tão bem-sucedida que o município encomendou um
segundo lote das notas, que têm números de série, marca d'água, e um
holograma ao lado da ilustração da capivara. Celma de Almeida,
vendedora de confecções, diz que no princípio não gostava do Capivari.
"Achava horrível", diz ela. "Mas acabei gostando. Agora é o real que
parece feio. "A primeira dessas moedas regionais foi a palma, que
contribuiu para fomentar a economia local no Conjunto Palmeiras, na
região de Fortaleza.
A idéia foi concebida por Joaquim Melo, um ex-seminarista que
trabalhava como ativista social no conjunto na década de 1990. Ele viu
na moeda uma alternativa lógica a um experimento falido com cartões de
crédito de bairro, que se mostrou demasiado burocrático para os
comerciantes locais. "Eles gostaram da idéia do dinheiro, mesmo que
fosse um tipo diferente de dinheiro", diz Melo. Um grupo de quatro
pequenos varejistas que aceitou a palma rapidamente se expandiu para
mais de 200. No início, as autoridades brasileiras rejeitaram a idéia.
Em 1998, quando o Banco Palmas estava nascendo, policiais com
metralhadoras invadiram seu pequeno escritório, com base em uma
denúncia do Banco Central. As notas de palmas ainda não haviam sido
impressas, mas a polícia apreendeu um livro de registros escrito à mão
e R$ 100.
Melo convenceu o governo de que o dinheiro não representava uma ameaça
ao real. Como a palma estava atrelada à moeda soberana, argumentou,
era tão legítima como qualquer cupom ou dinheiro de curso legal. O
projeto atraiu o interesse de outras comunidades pobres. Em 2005, o
governo federal aderiu à causa, convocando Melo para ajudar no
lançamento de bancos comunitários em todo o Brasil.
O prefeito de Silva Jardim, Marcello Zelão, queria que moradores
gastassem mais em sua própria comunidade. Porque muitos residentes
trabalham em cidades maiores e mais ricas, o prefeito diz que os
varejistas locais muitas vezes perdiam clientes para concorrentes
dessas cidades. "Era como se até nossas bancas de jornal fossem
inferiores", diz ele. "Como se os mesmos jornais tivessem melhores
notícias se fossem comprados em outro lugar."
Com a ajuda de Melo, o prefeito organizou reuniões com a comunidade e
lançou a proposta. Os residentes votaram na escolha do nome da moeda e
contrataram um designer local para elaborar as notas. Em novembro, com
uma injeção inicial de recursos dos cofres municipais, os capivaris
foram impressos. "Grandes notas são acumuladas", diz Zelão. "As
pequenas circulam." Os residentes de Silva Jardim usam o capivari para
tudo.
Rogério Simplício Costa, padre da Igreja Católica da cidade, diz que
os paroquianos colocaram cerca de 30 capivaris na caixa de coleta em
uma missa recente. Nelcimar Fonseca, gerente de um supermercado, diz
que cerca de 12% das vendas têm sido feitas em capivaris. Margareth
Vieira Xavier, dona de uma loja de lajes, paga parte dos salários em
capivaris. "No começo, eles não gostavam ", diz Fonseca, "mas depois
perceberam que poupam dinheiro no supermercado."
Na Cidade de Deus, onde a nova moeda local é chamada de CDD, os
moradores começam a se acostumar com a idéia. "Já vi um monte de
dinheiro ir e vir", diz Benta Neves do Nascimento, de 78 anos, que se
lembra dos vários precursores do real. Mas sua resistência ao CDD tem
pouco a ver com a economia.
"Não gosto da aparência da ilustração", diz ela. Isso é surpreendente:
A imagem da nota de 5 CDDs é uma homenagem a ela, por seu papel como
ativista comunitária de longa data e curandeira espiritual. "Se o
dinheiro durar mais que eu, as pessoas vão pensar que eu era feia."
GANHADOR DA MEGA
SENA É DE PETRÓPOLIS
O prêmio de R$ 31 milhões do concurso 1321 da Mega-Sena saiu para apenas um apostador de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Os números sorteados foram 10 - 47 - 51 - 53 - 59 - 60. A quina teve 128 acertadores e cada um vai receber R$ 24.303,54. A quadra teve 11.775 acertadores e cada um vai receber R$ 377,41.
O próximo concurso, sábado, deve pagar R$ 2 milhões.
Um morador da cidade serrana ganhou sozinho o concurso 1321 na Mega-Sena, sorteada em Curitiba, no Paraná. Vai levar pra casa CRS 31 milhões.
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